MAPEAMENTO DA ESCRITURA EM LÍNGUA PORTUGUESA COMO L2 DE SURDOS BRASILEIROS CANDIDATOS AO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
DOI :
https://doi.org/10.7867/1981-9943.2018v12n3p456-473Mots-clés :
Língua Portuguesa como L2. Estratégias linguístico-discursivas. Surdos. Análise Crítica do Discurso. Estudos Surdos.Résumé
Como professora de Linguística do curso de Licenciatura em Letras Libras (Língua Brasileira de Sinais), tive a experiência de participar da elaboração e correção das provas de interpretação em LP (Língua Portuguesa) e das redações em LP nos vestibulares de 2015-2017, na Universidade Federal de Sergipe, no Brasil. Tal experiência motivou o desenvolvimento de projetos de pesquisa, entre eles: “Estudos das identidades e processos de escritura em língua portuguesa como L2: comunidade surda em pauta”, com um plano de iniciação científica que focava na análise de redações de vestibular de Surdos. Diante dessa experiência, o objetivo deste estudo é mapear as estratégias linguístico-discursivas desenvolvidas por Surdos através de suas escrituras em língua portuguesa como L2. Como caminhos metodológicos na linha qualitativa-interpretativista, selecionamos uma representação de redação dos anos 2014-2017 da Universidade Federal de Sergipe. Os estudos são orientados pela análise linguística e discursiva, com forte influência da leitura social da Análise Crítica do Discurso (ACD) (FAIRCLOUGH, 2008; BESSA, 2016, PEDROSA, 2016) em complementaridade com os Estudos Surdos, sob a visão educacional e linguística. Como resultado tem-se que os textos e o mapeamento de suas materialidades funcionam como pistas que nos conduzem a refletir acerca de como ocorrem e ocorreram as práticas discursivas e sociais na educação de surdos e na construção de sua(s) identidade(s), especialmente a linguística, como um povo que é obrigado a ser bilíngue em sua própria terra por imposição majoritária dos ouvintes.
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