NEGRITUDE EM SÉRIE: O ESTEREÓTIPO PROBLEMATIZADO EM ORANGE IS THE NEW BLACK
DOI:
https://doi.org/10.7867/1981-9943.2021v15n2p131-152Keywords:
Estereótipo, Realismo, Decolonialismo, Orange Is the New Black, Poussey Washington.Abstract
O estereótipo é uma das principais ferramentas usadas pelo colonizador para manter o poder sobre o colonizado. O papel da arte no reforço dos estereótipos passa por dois fatores: a tentativa de representação da “verdade” pela ficção através do realismo e a utilização da arte, desde a antiguidade clássica, para consolidação de um padrão de comportamento considerado adequado. A correspondência entre a realidade e a verdade apresentada pelo realismo ficcional passou a ser questionada com mais veemência a partir da segunda metade do século XX, com o pós-modernismo, um movimento que acompanhou a crescente demanda social por uma narrativa decolonial. Embora os estereótipos ainda acompanhem a ficção contemporânea, o que se vê com frequência é que hoje seu uso vem acompanhado de uma reflexão crítica, geralmente através da paródia, do pastiche, da ironia, da metaficção e de outras formas de autorreflexividade. É o que acontece na série da Netfix Orange Is the New Black, que utiliza a metalinguagem para tratar de questões como raça e gênero. Este artigo analisa como Orange expõe o estereótipo atribuído à personagem Poussey Washington no 3º episódio da 4ª temporada da série, com base nos estudos de Homi Bhabha e Frantz Fanon. Ao invés de focar no binômio bom/mal dos estereótipos, o artigo demonstra como a narrativa utiliza artifícios para combatê-los.
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