NEGRITUDE EM SÉRIE: O ESTEREÓTIPO PROBLEMATIZADO EM ORANGE IS THE NEW BLACK

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7867/1981-9943.2021v15n2p131-152

Palavras-chave:

Estereótipo, Realismo, Decolonialismo, Orange Is the New Black, Poussey Washington.

Resumo

O estereótipo é uma das principais ferramentas usadas pelo colonizador para manter o poder sobre o colonizado. O papel da arte no reforço dos estereótipos passa por dois fatores: a tentativa de representação da “verdade” pela ficção através do realismo e a utilização da arte, desde a antiguidade clássica, para consolidação de um padrão de comportamento considerado adequado. A correspondência entre a realidade e a verdade apresentada pelo realismo ficcional passou a ser questionada com mais veemência a partir da segunda metade do século XX, com o pós-modernismo, um movimento que acompanhou a crescente demanda social por uma narrativa decolonial. Embora os estereótipos ainda acompanhem a ficção contemporânea, o que se vê com frequência é que hoje seu uso vem acompanhado de uma reflexão crítica, geralmente através da paródia, do pastiche, da ironia, da metaficção e de outras formas de autorreflexividade.  É o que acontece na série da Netfix Orange Is the New Black, que utiliza a metalinguagem para tratar de questões como raça e gênero. Este artigo analisa como Orange expõe o estereótipo atribuído à personagem Poussey Washington no 3º episódio da 4ª temporada da série, com base nos estudos de Homi Bhabha e Frantz Fanon. Ao invés de focar no binômio bom/mal dos estereótipos, o artigo demonstra como a narrativa utiliza artifícios para combatê-los.

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Biografia do Autor

Juliana Miranda Cavalcante da Silva, Universidade Federal da Paraíba

Mestranda em Letras na área de Literatura, Cultura e Tradução pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Graduada em Comunicação Social (jornalismo) também pela UFPB.

Genilda Azerêdo, Universidade Federal da Paraíba

Professora Titular da Universidade Federal da Paraíba. Pesquisadora PQ2 do CNPq desde 2009. Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (1985), Especialização em Literatura Anglo-Americana (1986), Mestrado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (1990) e Doutorado em Letras (Inglês e Literaturas de língua inglesa) pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001). Realizou Estágio Pós-Doutoral na UFSC (2018). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente nas seguintes áreas: narratologia e intermidialidade; cinema e literatura; adaptação fílmica; teorias da narrativa literária e fílmica; narrativas poéticas.

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Publicado

17-12-2021

Como Citar

Miranda Cavalcante da Silva, J., & Azerêdo, G. (2021). NEGRITUDE EM SÉRIE: O ESTEREÓTIPO PROBLEMATIZADO EM ORANGE IS THE NEW BLACK. Linguagens - Revista De Letras, Artes E Comunicação, 15(2), 131–152. https://doi.org/10.7867/1981-9943.2021v15n2p131-152

Edição

Seção

Literatura afro-brasileira e comunicação: escritura, estética e convergências

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