O GOSTO MUSICAL COMO ARMA: DISTINÇÃO SOCIAL POR MEIO DE AGRESSÕES ENTRE USUÁRIOS DO YOUTUBE

Autores

  • Fernando Garbini Cespedes Universidade de São Paulo - Escola de Comunicações e Artes

DOI:

https://doi.org/10.7867/1981-9943.2014v8n2p138-153

Palavras-chave:

Gosto musical, redes sociais

Resumo

A ideia de gosto foi concebida em meados do século XVI como forma de criar distinção social e manter distantes membros de grupos pertencentes a estratos sociais diferentes por meio de preferências de comportamento, vocabulário, vestuário, práticas esportivas e recreativas, fruição de manifestações artísticas e outras facetas da vida social. Historicamente, o gosto tem sido usado por indivíduos com anseios de ascensão social em tentativas de, dentro de sociedades altamente estratificadas e estamentais, aproximar-se de seus grupos de referências, em contrapartida, indivíduos já membros dos grupos de referência têm usado a crítica e o ataque ao gosto como forma de manter afastados os que buscam recolocação. O objetivo deste artigo é, baseado nas análises de Pierre Bourdieu (2007) acerca da construção do gosto na sociedade, posicionar as atuais disputas dos indivíduos por distinção social no contexto das redes sociais digitais, especificamente, no consumo e nos comentários feitos por usuários em vídeos musicais no YouTube.

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Biografia do Autor

Fernando Garbini Cespedes, Universidade de São Paulo - Escola de Comunicações e Artes

Possui graduação em Publicidade e Propaganda pela Universidade de São Paulo (2007). Atualmente é pesquisador do Programa de Pós-Graduação da Escola de Counicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre. Tem experiência nas áreas de Comunicação, Propaganda, Musicologia e estudos sobre o consumo e apreciação de música popular. 

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Publicado

16-09-2014

Como Citar

Cespedes, F. G. (2014). O GOSTO MUSICAL COMO ARMA: DISTINÇÃO SOCIAL POR MEIO DE AGRESSÕES ENTRE USUÁRIOS DO YOUTUBE. Linguagens - Revista De Letras, Artes E Comunicação, 8(2), 138–153. https://doi.org/10.7867/1981-9943.2014v8n2p138-153

Edição

Seção

Artigos

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