LINGUÍSTICA NA ESCOLA: É POSSÍVEL FAZER CIÊNCIA DA LINGUAGEM COM PRÉ-ADOLESCENTES?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7867/1981-9943.2021v15n1p014-031

Palavras-chave:

Linguística. Educação básica. Ensino de Gramática.

Resumo

Com este artigo, temos o objetivo de compartilhar nossa experiência a partir de oficinas de linguística que foram desenvolvidas entre 2018 e 2019 com pré-adolescentes de uma escola de Blumenau-SC. A ideia do projeto foi levar à escola, como propõem Pires de Oliveira e Quarezemin (2016), a linguística enquanto uma ciência naturalista, visando ao trabalho científico a partir de reflexões sobre a gramática. Inicialmente, aplicamos um questionário para saber quais eram as opiniões e conhecimentos prévios dos alunos sobre linguística. As questões estavam relacionadas a crenças do senso comum, que seriam desmistificadas, caso necessário. Com base nessas questões, realizamos oficinas que abordaram sociolinguística, psicolinguística, aquisição de língua materna e sintaxe-semântica. Conseguimos alcançar resultados positivos, uma vez que os estudantes se mostraram participativos e curiosos, colaborando com exemplos, reflexões pessoais, questionamentos e realizando pequenas pesquisas. Além disso, na última oficina, um questionário feito através do site Kahoot demonstrou que os estudantes de fato desconstruíram vários mitos de linguagem após as oficinas. Percebemos que o conteúdo foi significativo para eles, o que nos faz defender que a linguística desperta o interesse dos alunos e que pode, portanto, tornar as aulas de gramática mais interessantes e produtivas.

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Biografia do Autor

Vitor Hochsprung, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestrando em Linguística (PPGL/UFSC)

Bolsista CNPq

Karina Zendron da Cunha, Universidade Regional de Blumenau

Professora titular do Departamento de Letras da FURB. Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSC.

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Publicado

08-11-2021

Edição

Seção

Ensino de gramática(s) na educação básica