CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, ADÉLIA PRADO E CHICO BUARQUE DE HOLANDA: UM ENCONTRO PELO VIÉS DA ANÃLISE DO DISCURSO
DOI :
https://doi.org/10.7867/1981-9943.2009v3n2p164-175Mots-clés :
Discurso, ideologia, dialogismo.Résumé
O presente trabalho tem por finalidade analisar a relação entre os poemas “Poema de sete faces”, de Carlos Drummond de Andrade, “Com licença poética”, de Adélia Prado e “Até o fim” de Chico Buarque, considerando o contexto de produção, os aspectos sócio-históricos e ideológicos que proporcionaram a produção desses textos. Esta análise está pautada nas categorias apresentadas pela análise do discurso, como a heterogeneidade mostrada, o dialogismo, a interdiscursividade e a intertextualidade. Consideramos que todo discurso se forma a partir de um outro já existente e que, nesse processo, não podemos considerar que haja neutralidade nos discursos produzidos, pois um discurso evoca o outro e constitui-se num signo ideológico que, representando uma Formação Discursiva, define o que pode e o que deve ser dito, no momento em que aquela enunciação, única e irrepetível, se concretizam. A linguagem, neste sentido, não está desarticulada da sua realidade material. Adotamos, para esta análise ainda, o conceito de língua como fato social conforme apresentou Ferdinand Saussure. Essa concepção representa um fazer que não seja individual, mas que resulta do outro. Discutiremos, através dos textos apresentados, a posição do sujeito, defendido pela análise do discurso, pois este, ao ser analisado, precisa ser pensado em relação a sua materialidade, no âmbito da sua exterioridade que marca e define as vozes que falam no texto. O discurso, como defende M. Pêcheux, está atrelado a história, é processo e compreendemos que é considerando esses parâmetros que a análise adquire significado e transparência.
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