POR UMA ANÁLISE RÍTMICA
DOI:
https://doi.org/10.7867/1981-9943.2009v3n1p44%20-%2062Palabras clave:
Lacan. Kristeva. Derrida. Ritmo. Différance.Resumen
Este artigo busca elaborar um conceito semiótico operacional de ritmo com base em três paradigmas teóricos: a psicanálise de Jacques Lacan, as práticas de significação de Julia Kristeva e elementos da práxis desconstrucionista de Jacques Derrida. Elaboramos do primeiro autor o conceito de nó borromeano (imaginário, simbólico e real) e, de sua semiótica, o significante-fálico e o mestre; da segunda autora, a análise das práticas de significação divididas em: narrativa, metalinguagem, teoria e texto; do terceiro os elementos de suplemento e clausura. Abordando o ritmo, ligamos a repetição ao significante-fálico e a diferença ao significante-mestre. Com base nisso, analisamos as quatro práticas kristevanianas. Definimos então operacionalmente o ritmo como uma sucessão de diferentes significantes-mestres e significantes-fálicos que se alternam numa clausura. Em nossa discussão exploramos o conceito em três exemplos ortogonais: o conto Berenice de Edgar A. Poe, a canção Blowin’ in the Wind de Bob Dylan e o comercial de televisão Ford Fusion Daqui a 5 anos. No primeiro distinguimos o ritmo poético de um trecho em prosa; no segundo encontramos um ritmo que pede pela emergência do Real; e no terceiro encontramos uma clausura ideológica. Além dos exemplos discutimos a noção de différance no pensamento de Derrida, que caracterizamos como deferindo sentido ao significado e diferindo os significantes entre si. Propomos, para reflexões futuras, que o ritmo se encontra entre o pensamento e a linguagem, e defendemos nossa definição como uma delimitação útil à criação, tradução e/ou crítica por envolver operações simples e recursivas.
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