CARTA MAIOR E VEJA: SILENCIAMENTO NO CASO CHARLIE HEBDO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7867/1981-9943.2016v10n2p437-456

Palavras-chave:

Análise do Discurso, Veja, Carta Maior

Resumo

Este trabalho objetiva, à luz da Análise do Discurso de linha francesa, identificar as formações discursivas mobilizadas nos discursos das revistas Veja e Carta Maior, por meio de duas colunas opinativas, em relação ao atentado contra o periódico satírico francês Charlie Hebdo, ocorrido no início de 2015, bem como os efeitos de sentidos gerados por elas. Ao todo, são analisadas seis sequências discursivas, sendo três de cada uma das colunas. Para tanto, são mobilizados os conceitos de Formação Discursiva e Silenciamento, com base nos estudos de autores como Pêcheux (2009; 2010; 2011) e Orlandi (2007; 2010; 2011). Além disso, são tecidas considerações sobre o funcionamento do discurso jornalístico, a partir dos estudos de Mariani (1998) e Gregolin (1995; 1997), em especial no que tange à imagem de autoridade passada pela mídia. O ataque à revista francesa teve repercussão mundial por incitar ainda mais o debate sobre assuntos historicamente polêmicos: religião, liberdade de imprensa e imigração. As revistas Veja e Carta Maior, por se inscreverem em formações discursivas distintas, não apontaram as mesmas causas para o atentado. Nesse sentido, o trabalho se faz relevante por buscar compreender como se deu a construção discursiva no que tange às causas do ataque, em dois veículos de comunicação com posições ideológicas distintas, e dar abertura a novas discussões sobre a temática.

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Biografia do Autor

Marilia Manfredi Gasparovic, Universidade Federal do Paraná

Graduada em Letras Português/Inglês e em Comunicação Social - Jornalismo. Mestranda em Estudos Linguísticos pela UFPR, com ênfase em Análise do Discurso.

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Publicado

16-09-2016

Edição

Seção

Artigos