A TEORIA DA AFILIAÇÃO: notas para pensar a adaptação de novos públicos ao Ensino Superior
DOI:
https://doi.org/10.7867/1809-0354.2015v1n10p203-214Palavras-chave:
afiliação, educação superior, formação, gestão acadêmica, etnometodologiaResumo
O conceito de afiliação do sociólogo francês Alain Coulon constitui uma utilização da etnometodologia aos processos intelectuais, institucionais e culturais que cercam a adaptação de estudantes à educação superior e é compreendido em três tempos distintos: do estranhamento, da aprendizagem e o tempo da afiliação. A consolidação dessa espécie de “profissão temporária” é crucial para a manutenção da condição estudantil de jovens em instituições dessa natureza. Esse artigo apresenta e discute a utilidade do conceito de afiliação institucional e intelectual para que as universidades brasileiras, que vivem, desde 2008, importantes transformações em consequência da adesão ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) otimizem seu funcionamento, desenvolvendo um sistema de gestão acadêmica capaz de acompanhar as exigências decorrentes da abertura da educação superior para novos públicos. Isso implica enfrentar, com novas estratégias, o abandono e o fracasso na educação superior. No plano humano, isso produz desmotivação, o medo do futuro, um déficit de formação e, frequentemente, menores chances de emprego num mundo extremamente competitivo, com consequências sobre a qualidade do nosso desenvolvimento como nação. Sobre o plano socioeconômico, os investimentos públicos tornam-se “não produtivos”, ou seja, não repercutem, como deveriam, na redução das desigualdades e na inclusão das novas gerações no sistema produtivo e de serviços.Downloads
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