POLÍTICAS DE INCLUSÃO ESCOLAR NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE PORTO ALEGRE: PROCESSOS EDUCATIVOS E AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
DOI:
https://doi.org/10.7867/1809-0354.2008v3n3p412-427Palavras-chave:
inclusão escolar, educação especial, ciclos, avaliação da aprendizagem, políticas públicas.Resumo
O objetivo do presente texto é apresentar uma análise que contemple a relação entre as políticas de inclusão escolar, a reorganização curricular que prioriza os ciclos e os processos de avaliação da aprendizagem. Para a análise considerouse como campo de referência a Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, enfatizando as mudanças ocorridas nessa rede ao longo dos últimos 20 anos, assim como os efeitos dessas mudanças no sentido de busca de instituição de práticas pedagógicas diferenciadas e de espaços escolares que se articulam em uma lógica de um continuum de apoios. Trata-se de um estudo que analisa produções acadêmicas (teses e dissertações) e publicações que têm dado prioridade a esse contexto educacional. Além de uma reflexão sobre os efeitos relativos à possível abrangência da ação da escola, são ainda destacadas as características de uma perspectiva de avaliação que, para além de focalizar o aluno, considera o contexto e pode estar a serviço de reorientação das ações dos diferentes atores da escola. A avaliação da aprendizagem torna-se um dos pontos nodais da prática pedagógica a partir do momento em que crianças que estavam à margem do processo de escolarização adentram nos espaços escolares. A perspectiva de uma educação escolar que possa favorecer o processo de inclusão coloca em xeque as concepções que a escola vem construindo historicamente de aprender, ensinar e avaliar. Nesse sentido, muitos dos entraves que a escola pública encontra no processo de inclusão escolar estão associados ao como ensinar, ao que ensinar e, sobretudo, como avaliar as diferentes formas de aprender e se expressar.
Palavras-chave: inclusão escolar; educação especial; ciclos; avaliação da aprendizagem; políticas públicas.
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