Sistemas de controle gerencial em organizações públicas de saúde: um estudo de caso de uma instituição federal
DOI :
https://doi.org/10.4270/ruc.2023118Mots-clés :
Sistemas de controle gerencial, Planejamento, Orçamento, Organização Pública de SaúdeRésumé
O objetivo deste artigo é investigar como as características do sistema de controle gerencial (SCG) de organizações públicas de saúde e seus respectivos artefatos se aproximam ou se afastam dos conceitos encontrados nas literaturas que versam sobre o tema. Realizou-se uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória através da estratégia metodológica de estudo de caso em três unidades finalísticas de uma instituição pública em saúde, considerando-se como categorias prévias cinco variáveis componentes do SCG e oito características organizacionais. A coleta de dados focou em documentos institucionais e entrevistas com os responsáveis da área de gestão das unidades. Os resultados obtidos a partir de análise de conteúdo apontam que as características das unidades estudadas se assemelham às características das organizações sem fins lucrativos norte americanas apresentadas na literatura. Constatou-se que os artefatos do SCG existente nas organizações pesquisadas, não apresentavam todas as características de SCG tido como eficaz pela literatura clássica. Espera-se que as análises contidas neste trabalho colaborem para o aperfeiçoamento dos sistemas de controle gerencial no setor público, mais especificamente, para tornar as unidades públicas de saúde mais eficientes e eficazes.
Téléchargements
Références
Albuquerque, C. D. M., & Silva, M. R. (2011). Características do Sistema de Controle e o Desenho do Sistema de Controle. Pensar Contábil, 12(49). http://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/pensarcontabil/article/viewFile/827/816
Anthony, R. N., & Young, D. W. (2003). Management Control in Nonprofit Organizations. McGraw-Hill Irwin.
Anthony, R. N., & Govindarajan, V. (2008). Sistemas de controle gerencial. AMGH Editora.
Assis, L., Silva, C. L, & Catapan, A. (2016). As funções da controladoria e sua aplicabilidade na administração pública: Uma análise da gestão dos órgãos de controle. Revista Capital Científico – Eletrônica (RCCe), 14(3), 17. DOI: 10.5935/2177-4153.20160019
Beuren, I. M., & Santos, V. dos. (2019). Sistemas de controle gerencial habilitantes e coercitivos e resiliência organizacional. Revista Contabilidade & Finanças, 30(81), 307-323. https://doi.org/10.1590/1808-057x201908210
Bialoskorski Neto, S., Barroso, M. F. G., & Rezende, A. J. (2012). Governança corporativa e sistemas de controle gerencial: uma abordagem. Brazilian Busines Review, 9(2), 72-92. http://dx.doi.org/10.15728/bbr.2012.9.2.4
Brulon, V., Ohayon, P., & Rosenberg, G. (2014). A reforma gerencial brasileira em questão: contribuições para um projeto em construção. Revista Do Serviço Público, 63(3), p. 265-284. https://doi.org/10.21874/rsp.v63i3.99
Bryman, A. (2003). Research methods and organization studies. Routledge. https://doi.org/10.4324/9780203359648
Caliman, D. R., Caetano, A. M., Frassi, L. B., Castro, S. M. (2016). Fatores Inibidores da Institucionalização em um Hospital Universitário. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios, 9(3). https://doi.org/10.19177/reen.v9e3201654-89
Canan, I., Baggenstoss, S., Moura, C. P., & Almeida, P. V. de. (2016). Compromissos e sistemas de controle na saúde pública: o caso dos médicos. Enfoque: Reflexão Contábil, 34(3), 41-55. https://doi.org/10.4025/enfoque.v34i3.29094
Creswell, J. W., & Creswell, J. D. (2021). Projeto de pesquisa-: Métodos qualitativo, quantitativo e misto. Penso Editora.
Defaveri, I. R., Baldissera, J. F., & Dal Vesco, D. G. (2019). Sistemas de controle gerencial no setor público: a influência dos benefícios líquidos percebidos por contadores no desenho do sistema em prefeituras do Paraná. Enfoque: Reflexão Contábil, 39(1), 155-173. https://doi.org/10.4025/enfoque.v39i1.43577
Denzin, N. K., & Lincoln, Y. S. (Eds.). (2011). Sage handbook of qualitative research. Sage. https://doi.org/10.1177/1468794109009003080
Dermindo, M. P., Guerra, L. M., & Verna Castro Gondinho, B. (2020). O conceito eficiência na gestão da saúde pública brasileira: uma revisão integrativa da literatura. JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750, 12, 1-17. https://doi.org/10.14295/jmphc.v12.972
Faia, V. da S., Milan, J. B., & Gomes, J. S. (2013). Avaliação do sistema de controle gerencial de uma empresa do setor químico: um estudo de caso. Revista Contemporânea De Contabilidade, 10(19), 97–118. https://doi.org/10.5007/2175-8069.2013v10n19p97
Fernandes, C. C. C. (2019). Compras Públicas no Brasil: Tendências de inovação, avanços e dificuldades no período recente. Administração Pública e Gestão Social, 11(4). https://doi.org/10.21118/apgs.v4i11.7262
Fiirst, C., & Beuren, I. M. (2022). Influence of contingency factors on the socioeconomic performance of local governments. Revista de Administração Pública, 55, 1355-1368. https://doi.org/10.1590/0034-76120200827
Flamholtz, E. (1996). Effective organizational control: a framework, applications, and implications. European Management Journal, 14(6), 596-611. https://doi.org/10.1016/S0263-2373(96)00056-4
Flamholtz, E. (1979). Organizational control systems as a managerial tool. California Management Review, 22(2), 50-59. https://doi.org/10.2307/41165320
Fontoura, L. H. (2018). Reformar à esquerda: a administração pública gerencial em prefeituras petistas. Revista de Administração Pública, 52(5), 986-996. https://doi.org/10.1590/0034-761220170267
Frezatti, F., Junqueira, E., Bido, D. S., do Nascimento, A. R., & Relvas, T. R. S. (2012). Antecedentes da definição do design do sistema de controle gerencial: evidências empíricas nas empresas brasileiras. BBR-Brazilian Business Review, 9(1), 134-155. http://dx.doi.org/10.15728/bbr.2012.9.1.6
Gomes, J. S., & Martinewski, A. L. (2007). O impacto da reforma do estado sobre os sistemas de controle gerencial em empresas brasileiras durante o período de 1983 a 2003: estudo de nove casos. Revista de Informação Contábil, 1(1), 31-48. https://doi.org/10.34629/ufpe-iscal/1982-3967.2007.v1.31-48
Guilherme, M. M., da Cruz, A. P. C., & Barbosa, M. A. G. (2019). O papel da avaliação de desempenho humano em uma instituição pública de ensino. ConTexto-Contabilidade em Texto, 19(41). https://seer.ufrgs.br/index.php/ConTexto/article/view/88702
Hartmann, F., Kraus, K., Nilsson, G., Anthony, R., & Govindarajan, V. (2020). Management Control Systems, 2e. McGraw Hill.
Hofstede, G. (1981). Management control of public and not-for-profit activities. Accounting, Organizations and society, 6 (3), 193-211. https://doi.org/10.1016/0361-3682(81)90026-X
Junqueira, E., Caliman, D. R., Frezatti, F., & Gonzaga, R. P. (2018). Fatores inibidores da institucionalização do processo orçamentário em uma instituição federal de ensino superior. Base Revista de Administração e Contabilidade da UNISINOS, 15(3), 178-192. https://doi.org/10.4013/base.2018.153.02
Lopes, R. S. S., & Gomes, J. S. (2013). O impacto da internacionalização sobre os sistemas de controle gerencial de empresas do setor de indústrias têxtil brasileiro: Estudos de casos do segmento de moda feminina. Revista Universo Contábil, 9(2), 06-26. https://doi.org/10.4270/ruc.2013210
Lorange, P., & Morton, M. S. S. (1974). A framework for management control systems. Sloan Management Review (pre-1986), 16(1), 41. https://www.proquest.com/scholarly-journals/framework-management-control-systems/docview/206801851/se-2
Machado, N., & Holanda, V. B. D. (2010). Diretrizes e modelo conceitual de custos para o setor público a partir da experiência no governo federal do Brasil. Revista de Administração Pública, 44, 791-820. https://doi.org/10.1590/S0034-76122010000400003
Macintosh, N. B. (1994). Management accounting and control systems: an organizational and behavioral approach. John Wiley & Sons.
Magalhães, M. N., Gomes, J. A. S., & Gomes, J. S. (2015). Características dos sistemas de controle gerencial em empresas no segmento de prestação de serviços de tecnologia da informação: um estudo de caso. GESTÃO. Org, 13(4), 200-212. https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/gestaoorg/article/view/22112
Matos, E. R. J. D. (2010). Perfil do sistema de controle gerencial sob a perspectiva da teoria da contingência. Tese de Doutorado em Controladoria e Contabilidade, Universidade de São Paulo. https://doi.org/10.11606/T.12.2010.tde-10052010-143511
Messias, D., Ferreira, J. C., & Soutes, D. O. (2018). Gestão de custos no setor público: um panorama de experiências internacionais. Revista Do Serviço Público, 69(3), 585-604. https://doi.org/10.21874/rsp.v69i3.2961
Moreira, L. V. M., & Frezatti, F. (2019). O papel do sistema de controle gerencial na transição entre estágios do ciclo de vida organizacional em uma empresa familiar. Revista Universo Contábil, 15(1), 65-84. https://doi.org/10.4270/ruc.2019104
Oyadomari, J. C. T., de Lacerda Pedrique, A., de Souza Bido, D., & de Rezende, A. J. (2014). Uso do controle gerencial e decisões em organizações de saúde brasileiras: um estudo exploratório. BBR-Brazilian Business Review, 11(2), 1-34. http://dx.doi.org/10.15728/bbr.2014.11.2.1
Pellini, A. M. (2003). Os sistemas de planejamento, execução e controle da gestão pública: uma nova proposta. Contexto, 3(4), 25-50. https://seer.ufrgs.br/index.php/ConTexto/article/view/11636
Pletsch, C. S., Lavarda, C. E. F., & Lavarda, R. A. B. (2016). Sistema de controle gerencial e sua contribuição para o equilíbrio das tensões dinâmicas. Enfoque: Reflexão Contábil, 35(3), 69-82. https://doi.org/10.4025/enfoque.v35i3.31344
Pinto, E. G. (2006). Discricionariedade, contingenciamento e controle orçamentário. Revista Gestão & Tecnologia, 6(2). https://doi.org/10.20397/2177-6652/2006.v6i2.183
Ribeiro Filho, J. F., Lopes, J. E. de G., Pederneiras, M. M. M., & Ferreira, J. O. L. (2008). CONTROLE INTERNO, CONTROLE EXTERNO E CONTROLE SOCIAL: ANÁLISE COMPARATIVA DA PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE CONTROLE INTERNO DE ENTIDADES DAS TRÊS ESFERAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Revista Universo Contábil, 4(3), 48–63. https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/universocontabil/article/view/980/734
Sanches, O. M. (1995). Processo orçamentário federal: problemas, causas e indicativos de solução. Revista de Administração Pública, 29(3), 122-156. https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/8192
Reis, P. R. D. C., & Cabral, S. (2018). Beyond contracted prices: determinants of agility in government electronic procurement. Revista de Administração Pública, 52, 107-125. https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/73928
Stake, R. E. (2005). Qualitative case studies. In: Denzin, N. K.; Lincoln, Y. S. (org.). The Sage handbook of qualitative research. 3rd ed. Sage Publications, p. 443-446. https://doi.org/10.1177/1468794109009003080
Tanaka O.Y., Tamaki E. M. O papel da avaliação para a tomada de decisão na gestão de serviços de saúde. Ciência Saúde Coletiva. 2012, 17(4), 821-828. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000400002
Tridapalli, J. P., Fernandes, E., & Machado, W. V. (2011). Gestão da cadeia de suprimento do setor público: uma alternativa para controle de gastos correntes no Brasil. Revista de Administração Pública, 45, 401-433. https://doi.org/10.1590/S0034-76122011000200006
Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso: Planejamento e métodos. Bookman editora.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Os direitos autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais. A revista permitirá o uso dos trabalhos publicados para fins não-comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho para bases de dados de acesso público. Os artigos publicados são de total e exclusiva responsabilidade dos autores.
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação;
• O(s) autor(es) declaram que o artigo não possui conflitos de interesse.