SOBRE MENINAS, MULHERES E SOCIEDADES PATRIARCAIS: A MEMÓRIA E A FICÇÃO EM CORA CORALINA E MARGARETH LAURENCE
DOI:
https://doi.org/10.7867/1981-9943.2014v8n3p243-262Palavras-chave:
Letras, Memória, FicçãoResumo
Este trabalho objetiva estudar, a partir de textos memorialísticos de Margaret Laurence, romancista, poeta e contista canadense, e Cora Coralina, poeta e contista brasileira, como o espaço geográfico e simbólico da casa constitui, insulam e sedimentam a memória feminina. Ademais, o trabalho concebe, a partir da noção de que a história das mulheres – tardiamente resgatada por historiadoras como Michelle Perrot e Mary del Priore – foi esquecida pela mão fálica masculina na narração da História Oficial, a literatura memorialística de Cora Coralina e Margaret Laurence como contribuição, ainda que na esfera ficcional, para o resgate da memória feminina até há pouco narrada majoritariamente pela voz masculina, em um processo ideológico que menos esclarecia acerca da mulher do que sobre o imaginário masculino em relação àquela. Nesse sentido, pretendemos analisar dois contos de cada autora, presentes nas coletâneas A bird in the house (LAURENCE, 1989) e “Estórias da casa velha da ponte” (CORALINA, 1997), a saber: “Casa Velha da Ponte” e “Papéis de Circunstância” (Coralina) e The sound of singing e To set our house in order (Laurence).
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