O MODELO COMUNITÁRIO DE EDUCAÇÃO NA MESORREGIÃO
DOI:
https://doi.org/10.7867/1809-0354.2015v10n3p864-891Palavras-chave:
Educação, Comunidade, Oeste catarinense, Migração.Resumo
Este artigo teve como propósito inicial o estudo da trama de relações históricas, sociais e econômicas que teceu a vida dos colonizadores da grande Região Oeste de Santa Catarina. Para tanto, foram realizados diversos procedimentos metodológicos, consequência do empirismo da sensação e percepção, mas também documental, intuitivo e dialético. Nesta disposição, o objetivo foi investigar as iniciativas comunitárias dos povos de descendência europeia, isolados geográfica e culturalmente na I metade do Século XX que, através de ações coletivas, instalaram e mantiveram um modelo comunitário de Educação desvinculado da estrutura estatal. Os núcleos foram projetados para acolher todas as formas associativas da comunidade (Igreja, clubes, escola, cemitério e áreas de lazer). Em meio à selva, onde a sobrevivência só foi possível mediante a criação de um laço social horizontal, as 100 famílias, que em média compunham uma comunidade, construíram a escola, contrataram e pagavam seu professor e estabeleceram ações pedagógicas e conteúdos programáticos para seus filhos. O controle das engrenagens administrativas e as bases filosóficas e ideológicas da educação, invariavelmente foram assumidas pela comunidade escolar. Observou-se ainda que em meio ao espaço natural do Oeste catarinense, tanto os povos pré-capitalistas da região quanto os povos das frentes agrícolas abrigaram um modus vivendi, sem a presença do Estado e mantiveram num modelo comunitário coeso, holístico e centrípeto. Constatou-se que, a partir da Segunda metade do Século XX, toda a mesorregião de Santa Catarina, passou sob a égide do controle do Estado. Por conseguinte, a presença estatal, o nacionalismo, a entrada mais agressiva do capitalismo impôs relações sociais mais verticalizadas.
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