“CONFIANTES NO ESPÍRITO JUSTICEIRO”, PEDIMOS PELA “QUERIDA ESCOLA”: AS REIVINDICAÇÕES POPULARES EM PROL DA INSTRUÇÃO PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.7867/1809-0354.2012v7n3p985-1001Palavras-chave:
escolarização, reivindicação popular, Juiz de Fora.Resumo
RESUMO: Discutir as formas de atuação dos diversos sujeitos relacionados ao âmbito educacional da cidade de Juiz de Fora é o objetivo deste trabalho. Para tanto, se partiu da análise de um conjunto de sete abaixo-assinados, manuscritos, produzidos por moradores da cidade entre os anos de 1903 e 1915 que se encontram sob a guarda do Arquivo Histórico Municipal. Este suporte documental representa um modo de requerimento junto ao poder executivo municipal, contendo, portanto, pedidos e reivindicações. Ao mesmo tempo, representa uma forma de denúncia das deficiências existentes, expondo as demandas relativas à instrução na cidade. Tais documentos permitem analisar os modos como os moradores se dirigiam à Câmara Municipal, ou seja, como se tecia a construção argumentativa em torno da solicitação. Quais as proximidades entre as formas das solicitações? Quais estratégias eram usadas? Podemos, ainda, pensar na existência de um diálogo entre os moradores, na intencionalidade dos pedidos, no papel que esses agentes estão ocupando no processo histórico. Compreender os abaixo-assinados e as indagações inferidas a partir deles na perspectiva de Thompson (1981) sugere que as experiências dos sujeitos, seus costumes, seus sentidos construídos e compartilhados, contribuem efetivamente para o processo de escolarização ocorrido na cidade. Outros estudos contribuem para a reflexão proposta por também tratarem de abaixo-assinados entendendo-os como forma de participação popular em prol da instrução pública, como o caso de José Carlos Peixoto (2006), Daniel Lemos e José Gondra (2004).Downloads
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