CONTRADIÇÃO INSTITUCIONAL E MUDANÇA NA ALTA ADMINISTRAÇÃO: O CASO DE UMA EMPRESA NORDESTINA DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

Autores/as

  • Tiago de Moura Soeiro
  • Luiz Carlos Miranda
  • João Gabriel Nascimento de Araújo

Palabras clave:

Mudança Organizacional, Introdução de CEO, Contradições Institucionais, Lógica Institucional.

Resumen

Este artigo teve por objetivo estudar quais conceitos dialéticos de contradições institucionais (SEO; CREED, 2002), podem ser utilizados para explicar a decisão de mudança na alta administração de uma empresa de tecnologia de informação nordestina, chamada neste trabalho pelo nome fictício “TECNA”, mais especificamente, as motivações para a contratação de um Cheff of Executive Office (CEO). Para obter as informações necessárias, foram realizadas entrevistas com os sócios-administradores, controller, ex-controller e o próprio CEO da organização em estudo.  As evidências colhidas mostram que a empresa passava por um período de resultados desfavoráveis devido a algumas pressões de mercado e a falta de adaptação ao novo contexto. Desta forma, foram identificadas três fontes de contradições institucionais que motivaram a mudança: a ineficiência técnica, a não-adaptabilidade e a conformidade institucional.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ADAMS, R.; ALMEIDA, H.; FERREIRA, D. Understanding the relationship between founder–CEOs and firm performance. Journal of Empirical Finance, v.16, p.136-150, 2009. http://dx.doi.org/10.1016/j.jempfin.2008.05.002

ANSARI, S.; EUSKE, K.J. Rational, rationalizing and reifying uses of accounting data in organizations. Accounting, Organizations and Society, v.12, n.6, p.549-570, 1987. http://dx.doi.org/10.1016/0361-3682(87)90008-0

BENSON, J. K. Organizations: a dialectical view. Administrative Science Quarterly, v.22, n.1, p.1-21. 1977. http://dx.doi.org/10.2307/2391741

BIBEAULT, D. Corporate turnaround: how managers turn losers into winners. New York: McGraw-Hill, 1982.

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento. Circular nº 11/2010, Alteração das normas relativas ao porte das beneficiárias. Rio de Janeiro. 2010.

BNDES. Circular nº 34/2011, Normas reguladoras do produto BNDES automático. Rio de Janeiro. 2011.

BURNS, J.; BALDVINSDOTTIR, G. An institutional perspective of accountants' new roles - the interplay of contradictions and praxis. European Accounting Review, v.14, n.4, p.725-757. 2005. http://dx.doi.org/10.1080/09638180500194171

BURNS, J.; NIELSEN, K. How do embedded agents engage in institutional change? Journal of Economics Issues, v.40, n.2, p.449-456, 2006. http://dx.doi.org/10.1080/00213624.2006.11506923

BURNS, J.; SCAPENS, R. W. Conceptualizing management accounting change: an institutional framework. Management Accounting Research, v.11, p. 3-25, 2000.

CHARMAZ, K.. Constructing grounded theory. A practical guide through qualitative analysis. London: Sage, 2006.

CLEMENS, E.S.; COOK, J. Politics and institutionalism: explaining durability and change. Annual Review of Sociology, v.25, p.441–466, 1999.

COOPER, S.; PARKES, C.; BLEWITT, J. Can accreditation help a leopard change its spots?, Accounting, Auditing & Accountability Journal, v. 27, n. 2, p. 234-258, 2014. Permanent link to this document: http://dx.doi.org/10.1108/AAAJ-07-2012-01062

CRUZ, I.; MAJOR, M.; SCAPENS, R. W. Institutionalization and practice variation in the management control of a global/local setting. Accounting, Auditing & Accountability Journal, v.22, n.1, p.91-117, 2009. Permanent link to this document: http://dx.doi.org/10.1108/09513570910923024

FRIEDLAND, R.; ALFORD, R.. Bringing society back in: symbols, practices, and institutional contradictions. p. 232–266 in The New Institutionalism in Organizational Analysis, edited by Walter W. Powell and Paul J. DiMaggio. Chicago: University of Chicago Press, 1991.

GLASER, B. G.; STRAUSS, A. L. The discovery of grounded theory: strategies for qualitative research. London: Aldine Transaction, 1967.

GREENWOOD, R; HININGS, C. R. Understanding radical organizational change: bringing together the old and the new institutionalism. The Academy of Management Review. v 21, n.4, p. 1022-1054, 1996. http://dx.doi.org/10.5465/AMR.1996.9704071862

GUERREIRO, M. S.; RODRIGUES, L.L.; CRAIG, R. Voluntary adoption of international financial reporting standards by large unlisted companies in Portugal – institutional logics and strategic responses. Accounting, Organizations and Society, v.37, p.482–499, 2012. http://dx.doi.org/10.1016/j.aos.2012.05.003

HAMBRICK, D. C., Turnaround strategies, in Handbook of Business Strategy, W. H. Guth, ed., Warren, Gorham and Lamont, Boston. 1985, p. 270-298, 1985.

HOFER, C. Turnaround strategies. Journal of Business Strategy, v.1, n. 1, p.19-31, 1980.

HOPPER, T.; MAJOR, M . Extending institutional analysis through theoretical triangulation: regulation and activity based costing in Portuguese telecommunications. European Accounting Review, v.16, n.1, p.59-97. 2007. http://dx.doi.org/10.1080/09638180701265879

HOQUE, Z; HOPPER, T. Rationality, accounting and politics: a case study of management control in a Bangladeshi jute mill. Management Accounting Research, v.5, p.5-30, 1994. http://dx.doi.org/10.1006/mare.1994.1002

HREBINIAK, L. G.; JOYCE, W. F. Organizational adaptation: strategic choice and environmental determinism. Administrative Science Quarterly, v. 30, n. 3, p. 336-349, 1985. http://dx.doi.org/10.2307/2392666

KHOLEIF, Ahmed OR; ABDEL-KADER, Magdy; SHERER, Michael. ERP customization failure: institutionalized accounting practices, power relations and market forces. Journal of Accounting & Organizational Change, v.3, n.3, p.250-269, 2007. http://dx.doi.org/10.1108/18325910710820292

LOUNSBURY, M.. A tale of two cities: competing logics and practice variation in the professionalizing of mutual funds. Academy of Management Journal, v.50, p.289-307, 2007. http://dx.doi.org/10.5465/AMJ.2007.24634436

LOUNSBURY, M.. Institutional rationality and practice variation: new directions in the institutional analysis of practice. Accounting, Organizations and Society, v. 33, n. 4, p. 349-361, 2008. http://dx.doi.org/10.1016/j.aos.2007.04.001

MACHADO-DA-SILVA, C. L.; FONSECA, V. L.. Estruturação da estrutura organizacional: o caso de uma empresa familiar. Organizações & Sociedade, v. 1, n. 1, p.42-71, 1993.

MCKIERNAN, P. Turnarounds. In: FAULKNER, D. O.; CAMPBELL, A. (Eds.). The oxford handbook of strategy. New York: Oxford University Press, v.2, cap. 27, 2003.

MEYER, J. W.; ROWAN, B.. Institutionalized organizations: formal structure as myth and ceremony. American Journal of Sociology, v.83, n.2, p.340-363. 1977.

MODELL, S. Institutional research on performance measurement and management in the public sector accounting literature: a review and assessment. Financial Accountability & Management, v.25, n.3, p.277-303, 2009. http://dx.doi.org/10.1111/j.1468-0408.2009.00477.x

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2005.

OLIVER, W. Expanding the scope of institutional analysis, em: POWELL, W.W., & DIMAGGIO, P.J. (org) The new institutionalism in organizational analysis, p. 183-203. Chicago: The Universiti Press. 1991

PALERMO, T. Accountability and expertise in public sector risk management: a case study. Financial Accountability & Management, v.30, n.3, p. 322-341, http://dx.doi.org/2014. 10.1111/faam.12039

POPIK, F. Contradições institucionais, práxis e mudança do controle gerencial: estudo de caso em uma cooperativa de Santa Catarina. 2013. 108 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) - Programa de Pós - Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2013.

POPIK, F.; LAVARDA, C. E. F.. Contradições institucionais, práxis e mudança do controle gerencial: estudo de caso em uma cooperativa. In: Congresso Brasileiro de Custos-ABC. Anais…, Natal: CBC, 2014.

POWELL, W.W., & DIMAGGIO, P.J. (org) The new institutionalism in organizational analysis, Chicago: The Universiti Press. 1991

RAUTIAINEN, A.; JARVENPAA, M. Institutional logics and responses to performance measurement systems. Financial Accountability & Management, v.28, n.2, p.164-188, 2012. http://dx.doi.org/10.1111/j.1468-0408.2012.00541.x

ROBBINS, D.; PEARCE, J. Turnaround: retrenchment and recovery. Strategic Management Journal, v. 13, n. 4, p. 287-309, 1992. http://dx.doi.org/10.1002/smj.4250130404

ROCHA, W.; GUERREIRO, R. Desenvolvimento de modelo conceitual de sistemas de custos - um enfoque institucional. RCO – Revista de Contabilidade e Organizações – FEA-RP/USP, v. 4, n. 8, p. 24-46, 2010.

SCHENDEL, D.; PATTON, G.; RIGGS, J. Corporate turnaround strategies: a study of profit decline and recovery. Journal of General Management, v. 3, n. 3, p. 3-11, 1976.

SELZNICK, Philip. A liderança na administração: uma interpretação sociológica. Rio de Janeiro: FGV, 1971.

SEO, M.G.; CREED, W. E. D.. Institutional contradictions, praxis, and institutional change: a dialectical perspective. Academy of Management Review, v.27, n.2, p.222-247. 2002. 10.5465/AMR.2002.6588004

SERRA, F.A.R.; FERREIRA, M.P.; CONTRIGIANE, E.; FIATES, G.G.S. Reescrevendo uma trajetória a partir de mudanças estratégicas: Um estudo de caso na Bunge. Revista de Gestão, São Paulo – SP, Brasil, v. 17, n. 3, p. 331-352, 2010

SHARMA, U.; LAWRENCE, S.; LOWE, A. Institutional contradiction and management control innovation: a field study of total quality management practices in a privatized telecommunication company. Management Accounting Research, v.21, n.4, p.251-264, http://dx.doi.org/2010. doi:10.1016/j.mar.2010.03.005

STRAUSS, A. L.; CORBIN, J. Basics of qualitative research: grounded theory procedures and techniques. 2 ed. Thousand Oaks, CA: Sage, 1998.

THORNTON, P. H.; OCASIO, W. Institutional logics and the historical contingency of power in organizations: executive succession in the higher education publishing industry, 1958-1990. American Journal of Sociology, v.105, n.3, p.801-843, 1999.

THORNTON, P.H. Markets from culture: institutional logics and organizational decisions in higher education publishing. Stanford, CA: Stanford University Press, 2004.

TSAMENYI, M.; CULLEN, J. Cullen; GONZÃLEZ, J. M. Z.. Changes in accounting and financial information system in a Spanish electricity company: a new institutional theory analysis. Management Accounting Research, v.17, n.4, p.409-432. 2006. http://dx.doi.org/10.1016/j.mar.2006.02.002

WANDERLEY, C. A. Institutional contradiction and the balanced scorecard: a case of unsuccessful change. In: VI Congresso Anpcont, Anais..., Anpcont: Florianópolis, 2012.

WANDERLEY, C. A.; CULLEN, J. Um caso de mudança na contabilidade gerencial: a dinâmica política e social. Revista de Contabilidade & Finanças, v. 23, n. 60, p. 161-172, 2012.

WANDERLEY, C. A.; SOEIRO, T. M. Contradição institucional e o balanced scorecard: um caso de mudança sem sucesso. In: XXI Congresso Brasileiro de Custos, Anais..., CBC: Natal, 2014.

Publicado

2016-04-03

Cómo citar

Soeiro, T. de M., Miranda, L. C., & Araújo, J. G. N. de. (2016). CONTRADIÇÃO INSTITUCIONAL E MUDANÇA NA ALTA ADMINISTRAÇÃO: O CASO DE UMA EMPRESA NORDESTINA DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO. Revista Universo Contábil, 12(1), 162–177. Recuperado a partir de https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/universocontabil/article/view/5256

Número

Sección

Sección Nacional