Do desenvolvimentismo ao neodesenvolvimentismo: uma análise das relações de trabalho no Brasil
Palavras-chave:
Brasil, flexibilização, neodesenvolvimentismo, reestruturação produtiva, relações de trabalho.Resumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre as relações de trabalho no Brasil desde a reestruturação econômica da década de 1930. No que se refere às relações de trabalho no desenvolvimentismo, defende-se que as condições que favoreceram o processo de acumulação de capital na indústria nascente decorreram de relações de trabalho fragilizadas, de condições precárias de trabalho e de representação sindical fragmentada. Assim, formou-se uma estrutura dual: por um lado, a industrialização, por outro, a persistência de relações de trabalho tradicionais e informais. Com o fim do projeto desenvolvimentista, no final da década de 1980, iniciou-se um projeto de reestruturação produtiva de base neoliberal. A reestruturação produtiva, aliada à abertura comercial, resultou no desmonte da cadeia industrial nacional, na intensificação da fragilidade das relações de trabalho e na estagnação econômica. O artigo se propõe, então, a discutir o neodesenvolvimentismo, iniciado com a recuperação do crescimento econômico, que conduziu a um aumento do poder aquisitivo salarial e a melhorias em indicadores sociais. Conclui-se que, apesar de resultados positivos, não existem indícios suficientes de que ao neodesenvolvimentismo se associem transformações nas relações de trabalho.
Código JEL | J21; J58; O21.
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