A GÊNESE HISTÓRICA DO CONCEITO COLONIZADOR DE MULHER: UM ESTUDO CRÍTICO A PARTIR DOS ESCRITOS POLÍTICOS DE MARY WOLLSTONECRAFT
Resumo
A presente pesquisa está situada no tema da crítica jurídica, feminismo e colonialidade, com objetivo de investigar quais os argumentos visibilizados pela crítica política de Mary Wollstonecraft que permitem conhecer a gênese histórica do conceito colonizador de mulher. Para isso, define-se primeiramente o marco teórico composto pelo giro descolonial e a crítica marxista ao direito fazendo alusão à conexão entre colonialismo, colonialidade e direito (este último entendido como a forma jurídica das relações capitalistas). Em seguida explora-se a perspectiva marxista feminista de valor clivagem para evidenciar o ocultamento do trabalho das mulheres no capitalismo como algo sem valor em si, e, numa breve revisão histórica da condição das mulheres na Europa do século XVIII, faz-se a relação entre o caça às bruxas na acumulação primitiva do capital para chegar à conformação do contrato sexual patriarcal moderno que é objeto de crítica de Wollstonecraft. Por fim, chega-se à análise das três obras políticas de Wollstonecraft, A vindication of the rights of men, publicado em 1790; A vindication of the rights of Woman, publicado em 1792, e An historical and moral view of the French Revolution and the effect it has produced in Europe, publicado em 1794, para identificar três grandes linhas de argumentos que visibilizam a gênese do conceito colonizador de mulher na combinação das dimensões econômica, política e jurídica. A pesquisa utiliza o método dialético e materialista-histórico, combinados com metodologia de pesquisa intercultural e interdisciplinar aplicada ao campo jurídico e técnicas com enfoque histórico-jurídico, sociojurídico e ideológico-jurídico, além da aplicação dos seis passos metodológicos feministas na análise de textos jurídicos e políticos.
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