Aplicando a identidade pessoal como princípio na ética biomédica: uma resenha de “Personal Identity as a principle of Biomedical Ethics” (2017), de Michael Quante
Mots-clés :
Bioética, Biodireito, Identidade, Pessoalidade, PersonalidadeRésumé
Trata-se de resenha do livro "Personal Identity as a Principle of Biomedical Ethics", de Michel Quante, em que o autor busca relacionar questões de ética biomédica a fundamentos mais gerais de filosofia, colocando em debate, ainda, se seria possível considerarmos a identidade pessoal como um princípio de média profundidade da ética biomédica, abordando, para este fim, a questão da identidade diacrônica de pessoas humanas do ponto de vista prático e teórico. A partir dessa perspectiva, Quante desenvolve o texto delimitando, primeiramente, nos capítulos primeiro e segundo, sua concepção de identidade pessoal como persistente ou diacrônica, partindo, nos seguintes, para uma análise prática da aplicação deste princípio em ética biomédica. Nos capítulos 3 e 4, as questões de fim e começo da vida são especificamente consideradas sob a perspectiva biológica da pessoalidade. Nos capítulos 5, 6, 7 e 8, Quante desenvolve sua concepção de identidade pessoal como personalidade, aplicando-a como princípio de peso médio para questões de decisões tomadas no fim da vida, de extensão da autonomia e de paternalismo médico. A estrutura geral do livro, de acordo com o autor, serve para provar que (1) a pessoalidade não é um princípio absoluto e que (2) a personalidade, no sentido de identidade pessoal, tem um peso médio como princípio.
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