QUALIDADE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NA INTERNACIONALIZAÇÃO DE COMPANHIAS BRASILEIRAS

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.4270/ruc.2019429

Mots-clés :

Internacionalização, Conselho de Administração, Teoria da Agência.

Résumé

A internacionalização proporciona oportunidades e impõe desafios, se constituindo em estratégia à sobrevivência no mercado interno e à expansão para o exterior. Nesse sentido, o estudo identificou a influência da Qualidade do Conselho de Administração na internacionalização de companhias brasileiras com ações negociadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) no período de 2012-2016. Para tanto, elaborou-se uma métrica para mapear o Índice de Qualidade do Conselho de Administração e utilizou a metodologia da UNCTAD/ONU para medir a internacionalização das empresas. A amostra do estudo utilizou 85 empresas, distribuídas em 5 unidades de corte transversal, totalizando 425 observações em painel balanceado. Os dados foram coletados na plataforma Bloomberg® e Formulários de Referência. Utilizando-se inferência estatística em modelo de regressão MQO, os achados permitiram confirmar a hipótese de que quanto maior o índice de Qualidade do Conselho de Administração maior a internacionalização das empresas. As variáveis de controle número de países e tamanho, explicam a internacionalização, ratificando a relação esperada com base no referencial teórico. Por outro lado, as variáveis tempo, segmentos diferenciados de listagem na Bolsa de Valores e alavancagem não se mostraram estatisticamente significantes para explicar a internacionalização. Na medida em que sinaliza que a Qualidade do Conselho de Administração atrai novos aportes de recursos internos e externos, expandindo as fronteiras, o estudo também destaca a amplitude e a relevância das discussões dessa temática.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Edson Luiz Ihlenffeldt, Universidade Federal do Parana

Setor de Ciências Sociais Aplicadas

Endereço:

Av. Prefeito Lothário Meissner, 632 - Jardim Botânico

CEP 80210-070 - Curitiba – PR – Brasil

Telefone: (41) 3360-4193

Romualdo Douglas Colauto, Pós-Doutor Controladoria e Contabilidade FEA/USP Professor da Universidade Federal do Paraná

Setor de Ciências Sociais Aplicadas

Endereço:

Av. Prefeito Lothário Meissner, 632 - Jardim Botânico

CEP 80210-070 - Curitiba – PR – Brasil

Telefone: (41) 3360-4193

Claudio Marcelo Edwards Barros, Doutor em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná - UFPR Professor da Universidade Federal do Paraná

Setor de Ciências Sociais Aplicadas

Endereço:

Av. Prefeito Lothário Meissner, 632 - Jardim Botânico

CEP 80210-070 - Curitiba – PR – Brasil

Telefone: (41) 3360-4193

Références

Adjaoud, F., Zeghal, D. & Andaleeb, S. (2007). The effect of board’s quality on performance: A study of Canadian, Corporate Governance: International Review, vol.15, pp 623-635.

Aivazian, V. A.; Ge, Y. & Qiu, J. (2005). The impact of leverage on firm investment: canadian evidence. Journal of Corporate Finance, Amsterdan, v. 11, n. 1-2, p. 277-291.

Albuja, C. D., Garcia, F. G., Moreiras, L. M. F. & Tambosi Filho, E. (2011). Onde investir nos BRICs? Uma análise sob o prisma da organização industrial. Revista de Administração de Empresas - RAE, São Paulo, v. 51, n. 4, p. 349-369.

Alem, A. C. & Cavalcanti, C. E. (2005). BNDES Apoio à Internacionalização das Empresas Brasileiras: Algumas Reflexões. Revista BNDES, Rio de Janeiro, v. 12, n. 24, p. 43-76.

Amatucci, M. & Avrichir, I. (2008). Teorias de Negócios Internacionais e a Entrada de Multinacionais no Brasil de 1850 a 2007. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, v. 10, n. 28, p. 234–248.

Andersen, O. (1997). Internationalization and New Market Entry: A review of theories and concepts. Management International Review, v.37, p.27-42.

Andrade, A. M. F. & Galina, S. V. R. (2013). Efeitos da internacionalização sobre o desempenho de multinacionais de economias em desenvolvimento. RAC (Revista de Administração Contemporânea), v. 17, p. 239-262.

Babbie, E. (2005). Métodos de pesquisas de survey. Belo Horizonte: (tradução) UFMG, 276p.

Barroso, C., Villegas, M. M. & Calero, L. P. (2011). Board influence on a firm’s internationalization. Corporate Governance: An International Review, v. 19, n. 4, p. 351-367.

Bird, A., Buchanan, R., & Rogers, P. (2004). The seven habits of an effective board. European Business Journal, 16: 128–135.

Black, B., Jang, H., & Kim, W. (2006). Does corporate governance predict firms‘ market values? Evidence from Korea. Journal of Law, Economics, and Organization.

Bloodgood, J. M., Sapienza, H. J. & Almeida, J. G. (1996). The internationalization of new high-potential US ventures: antecedents and outcomes. Entrepreneurship: Theory and Practice, v. 20, n. 4, p. 61-76.

Calof, J. L. (1994). The relationship between firm size and export behavior revisited. Journal of International Business Studies, v. 25, n. 2, p. 367-387.

Cavusgil, S. T. & Kirpalani, V. (1993). Introducing products into export markets: success factors. Journal of Business Research, v.27, p.1-15.

Cazurra, A. C. (2012). Extending theory by analyzing developing country multinational companies: solving the goldilocks debate. Global Strategy Journal, v. 2, p. 153-167.

Correia, L. F., Amaral, H. F. & Louvet, P. (2011). Um índice de avaliação da qualidade da governança corporativa no Brasil. Revista Contabilidade & Finanças - USP, v. 22, n. 55, p. 45-63, Janeiro-Abril. 19p.

Dalla Costa, A. J. & Souza Santos, E. R. M. (2011). Estratégias e Negócios das Empresas diante da Internacionalização. Curitiba: Ibpex.

Deutsch, Y. (2005). The impact of board composition on firms’ critical decisions: A meta-analytic review. Journal of Management, 31: 424–444.

Dunning, J. H. (2000). The eclectic paradigm as an envelope for economic and business theories of MNE activity. International Business Review, vol. 9.

Enache, L., Parbonetti, A. & Srivastava, A. (2015). Are all independente directors created equal? Do their professional backgrounds influence firms’ financial disclosures?

Globerman, S. & Shapiro, D. (2002). Global foreign direct investment flows: the role of governance infrastructure. World Development, v. 30, n. 11, p. 1899-1919.

Gripsrud, G. (1990). The determinants of export decisions and attitudes to a distant market: Norwegian fishery exports to Japan. Journal of International Business Studies, v. 21, n. 3, p. 469-485.

Hassel, A., Hopner, M., Kurdelbusch, A., Rehder, B. & Zugehor, R. (2003). Two dimensions of the internationalization of firms. Journal of Management Studies, 40(3), pp. 701-720.

Hermalin, B. & Weisbach, M. S. (2003). Boards of directors as an endogenously determined instituition: a survey of the economic literature. Economic Policy Review of the Federal Reserv Bank of New York, v.9, n.1, p. 7 - 36.

Honório, L. C. (2009). Determinantes organizacionais e estratégicos do grau de internacionalização de empresas brasileiras. RAE, v. 49, n. 2, p. 162-175.

Ietto-Gillies, G. (2013). Transnational Corporations and International Production. The Theory of the Transnational Corporation at 50+. UK and Northampton, MA, USA.

Itani, A. F. (1995). Transportes, globalização e as questões da qualidade e produtividade. Revista dos Transportes Públicos, v. 8, n. 4, p. 19-31.

Jensen, M. C. (1993). The modern industrial revolution, exit and the failure of internal control systems. Journal of Finance, 48, p. 831 - 880.

Johanson, J. & Mattsson. L. G. (1988). Internationalization in Industrial Systems: a network approach. In: Hood, N; Vahlne, J. E. Strategies in global competition. London: Croom Helm.

Johanson, J. & Vahlne, J. (1990). The Internationalization processos the firm: a model of knowledge development and increasing Market commitment. Journal of International Business Studies, 8(1), p.23-32.

Kahle, K. M. & Stulz, R. M. (2013). Access to capital, investment, and financial crisis. Journal of Financial Economics, Amsterdan, v. 110, n. 2, p. 280-299.

La Porta, R., Silanesb, F. L., Shleifera, A. & Vishnyc, R. (2000). Investor protection and corporate governance. Journal of Financial Economics, n. 58, p. 1-37.

Lien, Y. C., Piesse, J., Strange, R. & Filatotchev, I. (2005). The role of corporate governance in FDI decisions: evidence from Taiwan. Business Review, v. 14, n. 6, p. 739-763.

Lippert, R. L. & Rahman, M. (1999). Multinationality, CEO compensation, and corporate governance: Some empirical evidence. Managerial Finance; p. 25.

Louter, P., Ouwerkerk, C. & Bakker, B. A. (1991). An Inquiry into Successful Exporting. European Journal of Marketing, vol.25, n.6, p.7-23.

Masullo, D. G. & Lemme, C. F. (2009). Um exame da relação entre o nível de internacionalização e a comunicação ambiental nas grandes empresas brasileiras de capital aberto. Revista Eletrônica de Administração, 15(3), pp. 557-580.

Oxelheim, L. & Randoy, T. (2003). The Impact of foreign board membership on firm value. Journal of Banking & Finance, 27(12), 2369-2392.

Platckek, R. B., & Floriani, D. E. (2013). O Posicionamento Internacional Das Empresas Têxteis Catarinenses: Uma Análise Qualitativa. RIAE, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 42-68.

Rivas, J. L., Hamori, M., & Mayo, M. (2009). Board composition and firm internationalization. Academy of Management Proceedings: 1–6.

Ruigrok, W. & Wagner, H. (2003). Internationalization and performance: an organizational learning perspective. Management International Review, 43, pp. 63-83.

Sanders, W. G. & Carpenter, M.A. (1998). Internationalization and firm governance: the roles of CEO compensation board structure. Academy Management Journal 41, v. 2, p. 158.

Singh, M. & Nejadmalayeri, A. (2004). Internationalization, capital structure, and cost of capital: French corporations. Journal Multinational Financial Management, 153- 169.

Stulz, R. M. (1990). Managerial discretion and optimal financing policies. Journal of Financial Economics, Amsterdan, v. 26, n. 1, p. 3-27.

Sullivan, D. (1994). Measuring the degree of internationalization of a firm. Journal of International Business Studies, v. 25, n. 2, p. 325-342.

Treiger, J.M. (2009). Relação com Investidores – A arte de se comunicar com o mercado e atrair investidores. São Paulo: Elsevier. Coleção Expo Money.

Vafeas, N. (2000). Board Structure and the Informativeness of earnings. Journal of Accounting and Public Policy, v. 19, n. 2, p. 139-160.

Wafo, G. L. K. (1998). Political Risk and Foreign Direct Investment. Faculty of Economics and Statistics. University of Konstanz. Konstanz.

Zahra, S. A. & Pearce, J. A. (1990). Determinants of Board of Directors strategic involvement. European Management Journal, 8: 164–173.

Zeller, R. A. & Carmines, E. G. (1988). Measurement in the social sciences: the link between theory and data. Cambridge: Cambridge University Press.

Publié-e

2020-12-31

Comment citer

Ihlenffeldt, E. L., Colauto, R. D., & Barros, C. M. E. (2020). QUALIDADE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NA INTERNACIONALIZAÇÃO DE COMPANHIAS BRASILEIRAS. Revista Universo Contábil, 15(4), 87–108. https://doi.org/10.4270/ruc.2019429

Numéro

Rubrique

Seção Nacional