CONSERVADORISMO NOS LUCROS CONTÃBEIS DOS BANCOS NO BRASIL: A INFLUÊNCIA DO CONTROLE ESTATAL
DOI :
https://doi.org/10.4270/ruc.20128Mots-clés :
Contabilidade, Conservadorismo condicional, Bancos, Exposição legal.Résumé
O artigo investiga a presença de conservadorismo condicional nos lucros reportados pelas instituições financeiras no Brasil, e examina se essa característica é diferenciada entre bancos estatais e bancos privados. O modelo de reversão de componentes transitórios do lucro proposto por Basu (1997) e o modelo de acumulações contábeis, desenvolvido por Ball e Shivakumar (2005, 2006), foram aplicados para testar a presença de conservadorismo condicional nos lucros reportados pelos bancos brasileiros. Também, se testou se os lucros reportados pelos bancos estatais são mais conservadores do que os reportados pelos bancos privados. Os dados comportam 260 bancos abrangendo o período de 1997 a 2010. Os coeficientes dos modelos foram estimados pelo método GMM Sistêmico, para tratamento da endogeneidade dos regressores. Apesar de o ambiente econômico e institucional brasileiro não incentivar a qualidade informacional das demonstrações contábeis, não se confirmou a primeira hipótese de pesquisa. Ademais, os gestores dos bancos estatais antecipam o reconhecimento de perdas não realizadas, reportando demonstrações contábeis mais conservadoras, provavelmente para reduzir a exposição ao risco de litígio com órgãos de controle do Governo; os achados, portanto não suportam a rejeição da segunda hipótese.
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