AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DA PRODUÇÃO SUINÍCOLA SOB O ENFOQUE DAS EXTERNALIDADES

Autores/as

  • Silvana Dalmutt Kruger Unochapecó
  • Sérgio Murilo Petri UFSC

DOI:

https://doi.org/10.4270/ruc.2018215

Palabras clave:

Indicadores de sustentabilidade, Externalidades, Produção suinícola, Avaliação de desempenho.

Resumen

O estudo tem por objetivo estabelecer um conjunto de indicadores e métricas para avaliação da sustentabilidade da produção suinícola, visando à evidenciação das externalidades positivas e negativas da atividade. Utiliza-se da Técnica Delphi como procedimento metodológico de apoio para o desenvolvimento da pesquisa, as etapas de operacionalização foram: (i) Identificação inicial de indicadores de sustentabilidade por meio da literatura; (ii) Realização de entrevistas junto aos especialistas e posterior aplicação de questionário, visando identificar parâmetros legais e aceitáveis para as métricas dos indicadores de desempenho ambiental, social e econômico-financeiro; (iii) A partir das métricas ordinais (níveis superiores e inferiores), identificam-se as escalas cardinais por meio das funções de valores lineares, permitindo identificar as taxas de compensação e a valoração do conjunto de indicadores ambientais, sociais e econômico-financeiros; (iv) Aplicação do constructo de indicadores e métricas, denominado Sistema de Gestão e Avaliação da Sustentabilidade da Suinocultura – SIGEASS, junto a uma entidade rural.. O SIGEASS é composto por um conjunto 10 indicadores e 60 métricas de avaliação da sustentabilidade. O resultado do teste de aderência do SIGEASS evidenciou externalidades negativas nos indicadores ambientais de avaliação do solo e energia. Os indicadores ar/efeito estufa e remuneração do capital investido apresentaram externalidades positivas, enquanto seis indicadores se apresentaram com avaliação de conformidade. A avaliação da sustentabilidade a partir do SIGEASS, evidencia as externalidades positivas e negativas da atividade suinícola, visando minimizar externalidades negativas em prol de melhores práticas de sustentabilidade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Silvana Dalmutt Kruger, Unochapecó

Doutora em Contabilidade pela UFSC, professora do Curso de Ciências Contábeis da Unochapecó.

Sérgio Murilo Petri, UFSC

Professor do programa de mestrado e doutorado em Contabilidade da UFSC; Doutor em Engenharia de Produção (UFSC).

Citas

ANGLADE, J. Agriculture durable et écologie: les indicateurs de durabilitè de la IDEA. Mèmorie de maîtrese de biologie dês organismes à L’Université d’Orsay (Paris-Sud XI), 1999.

BAIARDI, D.; MENEGATTI, M. Pigouvian tax, abatement policies and uncertainty on the environment. Journal of Economics, v.103, n.3, p. 221-251, 2011.

BAUMOL, W. J. On taxation and the control of externalities. American Economic Review, p. 62, v.3, p. 307-322, 1972.

BITHAS, K.. Sustainability and externalities: Is the internalization of externalities a sufficient condition for sustainability? Ecological Economics, v.70, p.1703-1706, 2011.

BRASIL. Lei nº 16.342, de 21 de janeiro de 2009. Santa Catarina. Altera e revoga dispositivos da Lei nº. 14.675, que institui o Código Estadual do meio ambiente e estabelece outras providências. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=264890>. Acesso em: 15 jan. 2017.

BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm>. Acesso em: 15 jan. 2017.

BRUNTLAND, G. H. Chairman’s foreword. In: UNITED NATONS. Report of the world commission on environment and development. World Commission on Environment and Development (WCED). New York, 1987.

CECHIN, A.; VEIGA, J. E. A economia ecológica e evolucionária de Georgescu-Roegen. Revista de Economia Política, v. 30, n. 3, p. 438-454, 2010.

DAHL, A. L., The big picture: comprehensive approaches. In: MOLDAN, B.; BILHARZ, S. Sustainability indicators: report of the project on indicators of sustainable development. Chichester: John Wiley, 1997.

DALE, V. H.; KLINE, K. L.; KAFFKA, S. R.; LANGEVELD, J.W. A. H. A landscape perspective on sustainability of agricultural systems. Landscape ecology, v. 28, n. 6, p. 1111-1123, 2013.

DALKEY, N.; HELMER, O. An experimental application of the Delphi method to the use of experts, Management Science, v.9, n.3, p.458-467, 1963.

DELONGE, M. S.; MILES, A.; CARLISLE, L. Investing in the transition to sustainable agriculture. Environmental Science & Policy, v. 55, p. 266-273, 2016.

DEMING, W. E. Some theory of sampling. Courier Corporation, 1966.

ELKINGTON, J. Canibais com garfo e faca. São Paulo: M. Books, 2012. Título original: Cannibals with forks: the triple bottom line of 21 st century business, Capstone Publishing, 1999.

EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Suinocultura e meio ambiente em Santa Catarina: indicadores de desempenho e avaliação sócio-econômica. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2009. 201p.

ENSSLIN, L.; GIFFHORN, E.; ENSSLIN, S. R.; PETRI, S. M.; VIANNA, W. B. Avaliação do desempenho de empresas terceirizadas com o uso da metodologia multicritério de apoio à decisão-construtivista. Pesquisa Operacional, v. 30, n.1, p.125-152, 2010.

ESHET, T., AYALON, O.; SHECHTER, M.. A critical review of economic valuation studies of externalities from incineration and landfilling.Waste Management & Research, v. 23, n.6, p. 487-504, 2005.

FARZIN, Y. H.. Optimal pricing of environmental and natural resource use with stock externalities. Journal of Public Economics, v.62, p.31-57, 1996.

FEDERAÇÃO CATARINENSE DE MUNICÍPIOS- FECAM. Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Municipal Sustentável. Disponível em: <https://indicadores.fecam.org.br/banco-indicadores/index/ano/2018>. Acesso em: 03 jun. 2017.

FENG, S. C.; JOUNG, C. B. An overview of a proposed measurement infrastructure for sustainable manufacturing. In: Proceedings of the 7th Global Conference on Sustainable Manufacturing, Chennai, India. 2009. p. 360.

FIGGE, F.; HAHN, T. Sustainable value added: measuring corporate contributions to sustainability beyond eco-efficiency. Ecological economics, v. 48, n. 2, p. 173-187, 2004.

FRANCO, J. A.; GASPAR, P.; MESIAS, F. J. Economic analysis of scenarios for the sustainability of extensive livestock farming in Spain under the CAP. Ecological Economics, v. 74, p. 120-129, 2012.

HANSEN, J. W. Is agricultural sustainability a useful concept?. Agricultural systems, v. 50, n. 2, p. 117-143, 1996.

HARDI, P.; BARG, S.; HODGE, T. Measuring sustainable development: review of current practices. Occasional Paper, v. 11, p. 49-51, 1997.

HARDI, P.; ZDAN, T. Assessing Sustainable Development: Principles in Practice, Winnipeg: International Institute for Sustainable Development (IISD), 1997.

HENRIQUES, A.; RICHARDSON, J. The Triple Bottom Line: does it all add up? London: Earthscan, 2004.

HUGHES, George. Environmental indicators. Annals of tourism research, v. 29, n. 2, p. 457-477, 2002.

JANNUZZI P. Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e aplicações. Alínea Editora, 2001.

JOHN, A. A.; PECCHENINO, A..International and intergenerational environmental externalities. Scandinavian Journal of Economics, v.99, n.3, p.371-387, 1997.

JOSKOW, P. L.. Weighing environmental externalities: Let's do it right! The Electricity Journal, v. 5, n.4, p. 53-67, 1992.

KAPLOW, L.. Optimal control of externalities in the presence of income taxation. International Economic Review, v. 53, n.2, p. 487-509, 2012.

LINSTONE, H. A.; TUROFF, M. Delphi: A brief look backward and forward. Technological Forecasting and Social Change, v. 78, n. 9, p. 1712-1719, 2011.

MARZALL, K., ALMEIDA, J. Indicadores de sustentabilidade para agroecossistemas: estado da arte, limites e potencialidades de uma nova ferramenta para avaliar o desenvolvimento sustentável. Cadernos de Ciência & Tecnologia, v.17, n.1, p .41-59, 2000.

MASOUDI, N.; ZACCOUR, G.. A differential game of international pollution control with evolving environmental costs. Environment and Development Economics, v. 18, n.6, p. 680-700, 2013.

MELNYK, S. A.; BITITCI, U.; PLATTS, K.; TOBIAS, J.; ANDERSEN, B. Is performance measurement and management fit for the future? Management Accounting Research, v. 25, n. 2, p. 173-186, 2014.

MELO, L. E. L. de; CÂNDIDO, G. A. O Uso do método IDEA na avaliação de sustentabilidade da agricultura familiar no município de Ceará-Mirim – RN. Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade, v.3, n. 2, p. 1-19, 2013.

MIELE, M. ; WAQUIL, P. D. Cadeia produtiva da carne suína no Brasil. Revista de Política Agrícola, v. 16, p. 75-87, 2007.

NEELY, A. The performance measurement revolution: why now and what next? International Journal of Operations & Production Management, v.19, n. 2, p.205-228, 1999.

NORDHAUS, W.. The Economics of The Greenhouse Effect. The Economic Journal, v. 101, n.407, p. 920-937, 1991.

ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT (OECD). An update of the OECD composite leading indicators, 2003. Short-term economic Statistics division, Statistics Directorate/OECD. Disponível em: http://www.oecd.org. Acesso em 08 de ago. 2015.

PARRIS, T.M., KATES, R.W. Characterizing and measuring sustainable development. Annual Review of Environment and Resources, v. 28, p. 559–586, 2003.

PINTÉR, L.; HARDI, P.; MARTINUZZI, A.; HALL, J. Bellagio STAMP: principles for sustainability assessment and measurement. Ecological Indicators, v.17, p.20-28, 2012.

REIG-MARTINEZ, E.; GOMEZ-LIMON, J. A.; PICAZO-TADEO, A. J. Ranking farms with a composite indicator of sustainability, Agricultural Economics, v. 42, n. 5, p. 561-575, 2011.

RIGBY, D.; WOODHOUSE, P.; YOUNG, T.; BURTON, M. Constructing a farm level indicator of sustainable agricultural practice. Ecological economics, v. 39, n. 3, p. 463-478, 2001.

SAEZ, C. A.;REQUENA, J. C.. Reconciling sustainability and discounting in Cost-Benefit Analysis: A methodological proposal. Ecological Economics, v. 60, n.4, p.712-725, 2007.

SANTIAGO-BROWN, I.; METCALFE, A.; JERRAM, C.; COLLINS, C. Sustainability assessment in wine-grape growing in the new world: Economic, environmental, and social indicators for agricultural businesses. Sustainability, v. 7, n. 7, p. 8178-8204, 2015.

SPIES, A. Avaliação de impactos ambientais da suinocultura através da análise do ciclo de vida – ACV. In: Suinocultura e meio ambiente em Santa Catarina: indicadores de desempenho e avaliação sócio-econômica. Org. Miranda, C.R; MIELE, M. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2009. 201p.

TANZIL, D.; BELOFF, B. R. Assessing impacts: Overview on sustainability indicators and metrics. Environmental Quality Management, v. 15, n. 4, p. 41-56, 2006.

VAN BELLEN, H. M. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa. FGV Editora, 2005.

VAN DE BERGH, J. C. J. M. Externality or sustainability economics? Ecological Economics, v. 69, n.11, p. 2047-2052, 2010.

VAN PHAM, L.; SMITH, C. Drivers of agricultural sustainability in developing countries: a review. Environment Systems and Decisions, v. 34, n. 2, p. 326-341, 2014.

VELEVA, V.; ELLENBECKER, M. Indicators of sustainable production: framework and methodology. Journal of Cleaner Production, v. 9, n. 6, p. 519-549, 2001.

WEINBERG, M.; KLING, C. L. Uncoordinated agricultural and environmental policy making: An application to irrigated. American Journal of Agricultural Economics, p.78, v.1, p. 65, 1996.

Publicado

2019-02-20

Número

Sección

Sección Nacional