O PAPEL DO SISTEMA DE CONTROLE GERENCIAL NA TRANSIÇÃO ENTRE ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA ORGANIZACIONAL EM UMA EMPRESA FAMILIAR

Autores/as

  • Leide Vania Miranda Moreira Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP http://orcid.org/0000-0002-7380-8241
  • Fábio Frezatti Professor Titular Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.4270/ruc.2019104

Palabras clave:

Sistema de controle gerencial. Ciclo de Vida Organizacional. Empresas Familiares. Estudo de Caso.

Resumen

Esta pesquisa teve como objetivo compreender o papel do sistema de controle gerencial (SCG) na evolução dos estágios do Ciclo de Vida Organizacional (CVO), particularmente no que tange às transições entre estágios em uma empresa familiar brasileira. O estudo foi realizado por meio da abordagem de estudo de caso, em um grupo de empresas de origem familiar, com mais de 50 anos de existência, que tem passagem pelos diversos estágios do CVO. Entre as contribuições do caso, resulta a identificação de períodos de subestágios de transição, que embora citados como possíveis, não têm sido evidenciados e incluídos nos modelos ou estudos cross-sectionals. Isso ocorre especialmente, entre as fases do Crescimento para a Maturidade e da Maturidade para a Renovação com reorganizações estruturais, preparação e implementação de controles, onde os mecanismos do Sistema de Controle Gerencial agem como suporte e facilitadores ao oferecer novas ferramentas nos processos de planejamento e controle das operações que se tornam mais complexas conforme a empresa atinge os estágios mais avançados do CVO.Em termos de contribuições práticas, o trabalho agrega ao repertório de exemplos, trazendo reflexão e aprendizado para os gestores e empreendedores das empresas familiares sobre o papel do sistema de controle gerencial nas transições de estágios que através da compreensão do fenômeno podem adaptar o caso as mais diversas variações de configurações internas, de forma a gerenciar as operações e se preparar para os novos ciclos que as organizações percebam como mais desejáveis com implementação de mecanismos do SCG para atender as necessidades de informações em cada estágio do CVO.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Leide Vania Miranda Moreira, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP

Doutoranda em Controladoria e Contabilidade pela FEA/USP

Mestra em Controladoria e Contabilidade pela FEA/USP

Citas

ACQUAAH, M. A comparative analysis of family and non-family businesses in a transition economy in sub-Saharan Africa. Journal of Family Business Strategy, v. 4, n. 2, 131-146, 2013.

AHRENS, T.; CHAPMAN, C. S. Doing qualitative field research in management accounting: positioning data to contribute to theory. Accounting, Organizations and Society, v. 31, 819-841, 2006.

AUZAIR, S. Md.; LANGFIELD-SMITH, K. The effect of service process type, business strategy and life cycle stage on bureaucratic MCS in service organizations. Management Accounting Research, v. 16, n. 4, 399-421, 2005.

BEUREN, I. M.; PEREIRA A. M. Ciclo de vida organizacional e controles de gestão: análise da produção científica em periódicos nacionais e internacionais. Review of Administration and Innovation. – RAI, v. 10, n. 2, 123-143, 2013.

BEUREN, I. M.; RENGEL, S.; RODRIGUES JUNIOR, M. M. Relação dos atributos da contabilidade gerencial com os estágios do ciclo de vida organizacional. Revista Innovar. v. 25, n. 57, 2015.

CARNEY, M. Corporate governance and competitive advantage in family-controlled firms. Entrepreneurship & Regional Development, v. 29, 249–265, 2005.

CARVALHO, K. L. de; SARAIVA JÚNIOR, A. F.; FREZATTI, F.; DA COSTA; R. P. A contribuição das teorias do ciclo de vida organizacional para pesquisa em contabilidade gerencial. Revista de Administração Mackenzie. v. 11, n. 4, p. 98-130, 2010.

CHENHALL, R. H. Theorizing contingencies in management control systems research. Handbooks of Management Accounting Research, v. 1, 163-205, 2007.

CHRISMAN, J. J.; CHUA, J. H.; SHARMA, P. Trends and directions in the development of a strategic management theory of the family firm. Entrepreneurship theory and practice, v. 29, n. 5, 555-576, 2005.

CHUA, J. H.; CHRISMAN, J. J.; DE MASSIS, A. A closer look at socioemotional Wealth: Its Flows, Stocks, and Prospects for Moving Forward. Entrepreneurship: Theory and Practice, v. 39, n. 2, 173-182, 2015.

CHURCHILL, N. C.; LEWIS, V. L. The five stages of small business growth. Harvard Business Review, v. 61, n. 3, 30-50, 1983.

COOPER, D. J.; MORGAN, W. Case study research in accounting. Accounting Horizons, v. 22, n. 2, 159-178, 2008.

CUNHA, P. R.; KLAN, R. C.; LAVARDA, C. E. F. Ciclo de vida organizacional e controle gerencial: uma análise de artigos em periódicos internacionais de contabilidade. Revista de gestão, finanças e contabilidade, v. 3, n. 3, 170-186, 2013.

DAWSON, A.; MUSSOLINO, D. Exploring what makes family firms different: discrete or overlapping constructs in the literature? Journal of Family Business Strategy, v. 5, n. 2, 169-183, 2014.

DE MASSIS, A.; KOTLAR, J. The case study method in family business research. Academy of Management Review, v. 14, n. 4, 532-550, 2014.

DEKKER, J. C.; LYBAERT, N.; STEIJVERS, T.; BENOÃŽT, D.; MERCKEN, R.. Family firm types based on the professionalization construct: exploratory research. Family Business Review, v. 26, n. 1, 81-99, 2012.

DONNELLEY, R. G. The family business. Harvard Business Review, v. 42, n. 4, 93-105, 1964.

DYCK, B.; MAUWS, M.; STARKE, F. A.; MISCHKE, G. A. Passing the baton the importance of sequence, timing, technique and communication in executive succession. Journal of Business Venturing, v. 17, n. 2, 143-162, 2002.

FAVERI, D. B.; CUNHA, P. R. da; SANTOS, V. dos; LEANDRO, D. A. Relação do ciclo de vida organizacional com o planejamento: um estudo com empresas prestadoras de serviços contábeis do estado de Santa Catarina. REPEC – Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, v. 8, n. 4, 382-402, 2014.

FERREIRA, A.; OTLEY, D. The design and use of performance management systems: an extended framework for analysis. Management Accounting Research, v. 20, n. 4, 263-282, 2009.

FREZATTI, F.; RELVAS, T. R. S.; NASCIMENTO, A. R. do; JUNQUEIRA, E. R.; BIDO, D. de S. Perfil de planejamento e ciclo de vida organizacional nas empresas brasileiras. Revista de Administração, v. 45, n. 4, 383-399, out./dez. 2010.

GIOVANNONI, E.; MARAGHINI, M. P.; RICCABONI, A. Transmiting knowledge across generations: The role of management accounting practices. Family Business Review, v. 24, n. 2, 126-150, 2011.

GRANLUND, M.; TAIPALEENMÄKI, J. Management control and controllership in new economy firms – a life cycle perspective. Management Accounting Research, v. 16, n. 1, 21-57, 2005.

GOMEZ-MEJIA, L. R.; MAKRI, M.; KINTANA, M. L. Diversification decisions in family-controlled firms. Journal of Management Studies, v. 47, n. 2, 223-252, 2010.

GREINER, L. Evolution and revolution as organizations grow. Harvard Business Review, v. 76, n. 3, 55-68, 1998.

HIEBL, M. R. W. Peculiarities of financial management in family firms. International Business & Economics Research, v. 11, n. 3, 315-323, 2012.

HIEBL, M. R. W. Bean counter or strategist? Differences in the role of the CFO in family and non-family businesses. Journal of Family Business Strategy, v. 4, n. 2, 147–161, 2013.

IFERA. Family businesses dominate. Family Business Review, v. 16, n. 4, 235–240, 2003.

KALLUNKI, J-P.; SILVOLA, H. The effect of organizational life cycle stage on the use of activity-based costing. Management Accounting Research, v. 19, n. 1, 62-79, 2008.

KALM, M.; GOMEZ-MEJIA, L. R. Socioemotional wealth preservation in family firms. Revista de Administração, v. 51, n. 4, 8-10, 2016.

KLANN, R. C.; KLANN, P. A.; POSTAL, K. R.; RIBEIRO, M. J. Relação entre o ciclo de vida organizacional e o planejamento em empresas metalúrgicas do Município de Brusque-SC. RCO – Revista de Contabilidade e Organizações, v. 6, n. 16, 120-142, 2012.

LAVANDA, C. E. F.; PEREIRA A. M. Uso dos sistemas de controles de gestão nas diferentes fases do ciclo de vida organizacional. Revista Alcance, v. 19, n. 4, 497-518, 2012.

LE BRETON-MILLER, I.; MILLER, D. Socioemotional wealth across the family firm life cycle: A commentary on “family business survival and the role of boards.†Entrepreneurship: Theory and Practice, v. 37, n. 6, 1391-1397, 2013.

LESTER, D. L., PARNELL, J. A. Firm size and environmental scanning pursuits across organizational life cycle stages. Journal of Small Business and Enterprise Development, v. 15, n. 3, 540-554, 2008.

LESTER, D. L.; PARNELL, J. A.; CARRAHER, S. Organizational life cycle: a five-stage empirical scale. The Internatonal Journal of Organizational Analysis, v. 11, n. 4, 339-354, 2003.

MALMI, T.; BROWN, D. A. Management control systems as a package-opportunities, challenges and research directions. Management Accounting Research, v. 19, n. 4, 287-300, 2008.

MARQUES, K. C. M.; CAMACHO, R. R.; ALCANTARA, C. C. V. de. Assessment of the methodological rigor of case studies in the field of management accounting published in Journals in Brazil. Revista Contabilidade & Finanças, v. 26, n. 67, 27-42, 2015.

MARTINS, G. DE A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MILLER, D.; FRIESEN, P. H. A longitudinal study of the corporate life cycle. Management Science Journal, v. 30, n. 10, 1161-1183, 1984.

MOORES, K.; MULA, J. The salience of market, bureaucratic and clan controls in the management of family firm transitions: some tentative Astralian Evidence. Family Business Review, 13(2), 91-106, 2000.

MOORES, K.; YUEN, S. Management accounting systems and organizational configuration: a life-cycle perspective. Accounting, Organization and Society, v. 26, 351-389, 2001.

MORRIS, M. H.; WILLIAMS, R. O.; ALLEN, J. A.; AVILA, R. A. Correlates in family of success business transitions. Journal of Business Venturing. v.6, n.x, 385-401, 1997.

NECYK, G. A.; FREZATTI, F. A Contabilidade Gerencial: uma perspectiva de ciclo de vida de seu desenvolvimento nas organizações. O&S. v. 17, n. 55, 725-744, 2010.

PRENCIPE, A.; BAR-YOSEF, S.; DEKKER, H. C. Accounting research in family firms: theoretical and empirical challenges. European Accounting Review, v. 23, n. 3, 361-385, 2014.

QUINN, R.; CAMERON, K. Organizational life cycles and shifting criteria of effectiveness. Management Science, v. 29, n. 1, p. 33-51, 1983.

SCOTT, M.; BRUCE, R. Five Stages of Growth in Small Business. Long Ranging Planning, v. 20, n. 3, 45-52, 1987.

SILVOLA, H. Do organizational life-cycle and venture capital investors affect the management control systems used by the firm? Advances in Accounting, v. 24, n. 1, 128-138, 2008.

SIMONS, R. Levers of control: how managers use innovative systems to drive strategic renewal. Boston: Harvard Business School Press, 1995

SONGINI, L.; GNAN, L.; MALMI, T. The role and impact of accounting in family business. Journal of Family Business Strategy, v. 4, n. 2, 71-83, 2013.

SOUZA, B. C. de; NECYK, G. A.; FREZATTI, F. Ciclo de vida das organizações e a contabilidade gerencial. Enfoque: Reflexão Contábil, v. 27, n. 1, 9-22, 2008.

SU, S.; BAIRD, K.; SCHOCH, H. The moderating effect of organisational life cycle stages on the association between the interactive and diagnostic approaches to using controls with organisational performance. Management Accounting Research, v. 26, 40-53, 2015.

TESSIER, S., OTLEY, D.. A conceptual development of Simons´levers of control framework. Management Accounting Research v. 23, n. 3, 171-185, 2012.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2014

Publicado

2019-11-13

Cómo citar

Moreira, L. V. M., & Frezatti, F. (2019). O PAPEL DO SISTEMA DE CONTROLE GERENCIAL NA TRANSIÇÃO ENTRE ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA ORGANIZACIONAL EM UMA EMPRESA FAMILIAR. Revista Universo Contábil, 15(1), 65–84. https://doi.org/10.4270/ruc.2019104

Número

Sección

Sección Nacional