CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE CUSTOS GERENCIAIS DE SUBSIDIÁRIAS ALEMÃS OPERANDO NO BRASIL: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DO ISOMORFISMO E DO DECOUPLING
DOI:
https://doi.org/10.4270/ruc.2019320Keywords:
Sistemas de Custos Gerenciais, Pressões Isomórficas, Decoupling.Abstract
Este trabalho investigou práticas de gerenciamento de custos em subsidiárias de empresas alemãs operando no Brasil, com objetivo de avaliar a ocorrência de pressões isomórficas (coercitivas, miméticas e normativas) e o nível de decoupling nessas organizações. As pressões isomórficas tencionam para a uniformização de práticas, enquanto que o decoupling diz respeito ao uso apenas cerimonial dessas práticas. O método empregado foi o survey, sendo coletadas 27 respostas de gestores de subsidiárias alemãs de grande e médio porte que operam no Brasil. Os resultados trazem evidências de que há uma forte associação entre as práticas da subsidiária e da matriz, revelando elementos de pressão isomórfica coercitiva e mimética, já as pressões isomórficas normativas se mostraram menos marcantes. O nível de decoupling encontrado entre matriz e subsidiária foi baixo. O estudo contribui para a literatura e prática de gestão de custos, indicando que as pressões isomórficas da matriz contribuem para redução dissociação de práticas de contabilidade e gerenciamento de custos entre filial e matriz (decoupling).
Downloads
References
Atkinson, A. A., Kaplan, R. S., & Young, M. S. (2010). Contabilidade Gerencial. 2. ed. São Paulo: Atlas.
Barbosa, R. V. N., de Araújo Wanderley, C., & de Moura Soeiro, T. (2017). Institucionalização dos mecanismos de controle gerencial no relacionamento interorganizacional de uma empresa do setor elétrico. Revista Universo Contábil, 13(3), 29-49.
Beuren, I. M., Fachini, G. J., & do Nascimento, S. (2010). Evidências de isomorfismo nas funções da controladoria das empresas familiares têxteis de Santa Catarina. Revista Contemporânea de Contabilidade, 7(13), 35-62.
Björkman, I., Fey, C. F., & Park, H. J. (2007). Institutional theory and MNC subsidiary HRM practices: evidence from a three-country study. Journal of International Business Studies, 38(3), 430-446.
Brandau, M., Endenich, C., Trapp, R., & Hoffjan, A. (2013). Institutional drivers of conformity–Evidence for management accounting from Brazil and Germany. International Business Review, 22(2), 466-479.
Brown, R. S. (2011). Does institutional theory explain foreign location choices in fragmented industries?. Journal of International Business Research, 10(1), 59.
Bruns, W. J., & Waterhouse, J. H. (1975). Budgetary control and organization structure. Journal of Accounting Research, 177-203.
Callado, A. A. C., & de Pinho, M. A. B. (2014). Evidências de isomorfismo mimético sobre práticas de gestão de custos entre micro e pequenas empresas de diferentes setores de atividade. Contabilidade Vista & Revista, 25(2), 119-137.
Callado, A. A. C., Callado, A. L. C., & Almeida, M. A. (2014). Isomorfismo e práticas de gestão de custos: um estudo empírico entre empresas do porto digital a partir da teoria institucional. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, 4(1), 204-217.
Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. (2019). Disponível em: http://www.ahkbrasilien.com.br/pt/. Acesso em: 2019.
Carruthers, B. G. (1995). Accounting, ambiguity, and the new institutionalism. Accounting, Organizations and Society, 20(4), 313-328.
Cohen, S., Kaimenaki, E., & Zorgios, Y. (2007). Assessing IT as a key success factor for accrual accounting implementation in Greek municipalities. Financial Accountability & Management, 23(1), 91-111.
Cruz, I., Major, M., & Scapens, R. W. (2009). Institutionalization and practice variation in the management control of a global/local setting. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 22(1), 91-117.
DiMaggio, P., & Powell, W. W. (1983). The iron cage revisited: Collective rationality and institutional isomorphism in organizational fields. American Sociological Review, 48(2), 147-160.
Dorminey, J., Fleming, A. S., Kranacher, M. J., & Riley Jr, R. A. (2012). The evolution of fraud theory. Issues in Accounting Education, 27(2), 555-579.
Endenich, C., Brandau, M., & Hoffjan, A. (2011). Two decades of research on comparative management accounting–achievements and future directions. Australian Accounting Review, 21(4), 365-382.
Fávero, L. P., Belfiore, P., Silva, F. D., & Chan, B. L. (2009). Análise de Dados: modelagem multivariada para tomada de decisões. Rio de janeiro: Elsevier.
Fonseca, V. S. D., & Machado-da-Silva, C. L. (2010). Conversação entre abordagens da estratégia em organizações: escolha estratégica, cognição e instituição. Revista de Administração Contemporânea, 14(SPE), 51-75.
Frezatti, F. (2005). Management accounting profile of firms located in Brazil: a field study. Revista de Administração Contemporânea, 9(SPE2), 95-109.
Friedl, G., Küpper, H. U., & Pedell, B. (2005). Relevance added: Combining ABC with German cost accounting. Strategic Finance, 86(12), 56.
Gosselin, M. (2006). A review of activity-based costing: technique, implementation, and consequences. Handbooks of Management Accounting Research, 2, 641-671.
Guerreiro, R., Cornachione Júnior, E. B., & Soutes, D. O. (2011). Empresas que se destacam pela qualidade das informações a seus usuários externos também se destacam pela utilização de artefatos modernos de contabilidade gerencial?. Revista Contabilidade & Finanças, 22(55), 88-113.
Guerreiro, R., Pereira, C. A., & Frezatti, F. (2006). Evaluating management accounting change according to the institutional theory approach. Journal of Accounting & Organizational Change, 2(3), 196-228.
Guerreiro, R., & Rocha, W. (2010). Desenvolvimento de modelo conceitual de sistemas de custos: um enfoque institucional. Revista de Contabilidade e Organizações, 4(8), 24-46.
Guerreiro, R., & Souza, R. P. (2015). Um estudo sobre percepções de importância de atividades do processo de gestão e barreiras à implantação do planejamento estratégico. Revista Universo Contábil, 11(1), 88-104.
Guilding, C., Cravens, K. S., & Tayles, M. (2000). An international comparison of strategic management accounting practices. Management Accounting Research, 11(1), 113-135.
Haveman, H. A. (1993). Follow the leader: Mimetic isomorphism and entry into new markets. Administrative Science Quarterly, 38(4), 593-627.
Hughes, S. B., & Paulson Gjerde, K. A. (2003). Do different cost systems make a difference?. Management Accounting Quarterly, 5(1), 22-30.
Kajüter, P. (2005). Kostenmanagement in der deutschen Unternehmenspraxis. Schmalenbachs Zeitschrift für betriebswirtschaftliche Forschung, 57(1), 79-100.
Kajüter, P., & Schröder, M. (2013). The characteristics, determinants and performance of cost-systems in sub-sidiaries of Anglophone multinationals–empirical evidence from Germany (Doctoral dissertation, Doctoral Thesis).
Kellermanns, F. W., & Islam, M. (2004). US and German Activity-Based Costing: a critical comparison and system acceptability propositions. Benchmarking: An International Journal, 11(1), 31-51.
Krumwiede, K., & Suessmair, A. (2008). A Closer Look at German Cost Accounting Methods. Management accounting quarterly, 10(1), 37-50.
Krumwiede, K. R. (1998). The implementation stages of activity-based costing and the impact of contextual and organizational factors. Journal of management accounting research, 10(1), 239.
Major, M., & Hopper, T. (2005). Managers divided: Implementing ABC in a Portuguese telecommunications company. Management Accounting Research, 16(2), 205-229.
Marques, K. C. M. (2012). Custeio alvo à luz da teoria da contingência e da nova sociologia institucional: estudo de caso sobre sua adoção, implementação e uso (Doctoral Dissertation, Universidade de São Paulo).
Meyer, J. W., & Rowan, B. (1977). Institutionalized organizations: Formal structure as myth and ceremony. American Journal of Sociology, 83(2), 340-363.
Mizruchi, M. S., & Fein, L. C. (1999). The social construction of organizational knowledge: A study of the uses of coercive, mimetic, and normative isomorphism. Administrative Science Quarterly, 44(4), 653-683.
Moll, J., Burns, J., & Major, M. (2006). Institutional theory. Methodological issues in accounting research: Theories, methods and issues, 183-205.
Ono, K., & Robles Junior, A. (2004). Utilização do Target Costing e de outras técnicas de custeio: um estudo exploratório em municípios de Santa Catarina. Revista Contabilidade & Finanças, 15(SPE), 65-78.
Oyadomari, J. C., Cardoso, R. L., NETO, O. R. D. M., & de Lima, M. P. (2008). Fatores que influenciam a adoção de artefatos de controle gerencial nas empresas brasileiras. Um estudo exploratório sob a ótica da teoria institucional. Revista de Contabilidade e Organizações, 2(2), 55-70.
Oyadomari, J. C. T., de Mendonça Neto, O. R., Cardoso, R. L., & Frezatti, F. (2008). Análise dos fatores que favorecem a institucionalização da Value Based Management (VBM) à luz dos argumentos de teóricos da vertente New Institutional Sociology (NIS). Revista Universo Contábil, 4(2), 06-21.
Perrow, C., Meyer, J. W., & Scott, W. R. (1983). Organizational environments: Ritual and rationality. (With the assistance of Brian Rowan and Terrence E. Deal.). Beverly Hills, Calif.: Sage Publications.
Portz, K., & Lere, J. C. (2010). Cost center practices in Germany and the United States: impact of country differences on managerial accounting practices. American Journal of Business, 25(1), 45-52.
Reginato, L., & Guerreiro, R. (2011). An Study About The Association Between The Management Model And Management Controls Of Brazilian Industries. Revista Universo Contabil, 7(2), 6-27.
Russo, P. T., & Guerreiro, R. (2017). Factors that affect the sociomateriality of management accounting practices. Annual Congress of European Accounting Association, Valencia, Espanha.
Russo, P. T., & Guerreiro, R. (2017). Perceptions about the sociomateriality of management accounting practices. Revista de Administração de Empresas, 57(6), 567-584.
Rezende, A. J., Guerreiro, R., & Dalmácio, F. Z. (2012). Uma análise do processo de desinstitucionalização de práticas contábeis de correção monetária em empresas brasileiras. Revista Contabilidade & Finanças, 23(58), 33-51.
Salancik, G. R., & Pfeffer, J. (1978). A social information processing approach to job attitudes and task design. Administrative Science Quarterly, 224-253.
Scott, W. R. (2008). Approaching adulthood: the maturing of institutional theory. Theory and Society, 37(5), 427.
Scott, W. R. (2001). Institutions and organizations. Sage.
Shields, M. D. (1998). Management accounting practices in Europe: a perspective from the States. Management Accounting Research, 9(4), 501-513.
Sitiâ€Nabiha, A. K., & Scapens, R. W. (2005). Stability and change: an institutionalist study of management accounting change. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 18(1), 44-73.
Smith, M. (2003). Research Methods In Accounting. Sage.
Souza, M. A. D., Lisboa, L. P., & Rocha, W. (2003). Práticas de contabilidade gerencial adotadas por subsidiárias brasileiras de empresas multinacionais. Revista Contabilidade & Finanças, 14(32), 40-57.
Souza, M. A., Silva, É. J., & Pilz, N. (2010). Práticas de gestão estratégica de custos: um estudo em uma empresa multinacional brasileira. Revista de Contabilidade e Organizações, 4(9), 145-167.
Sulaiman, M., Ahmad, N. N. N., & Alwi, N. (2004). Management accounting practices in selected Asian countries: a review of the literature. Managerial Auditing Journal, 19(4), 493-508.
Van der Stede, W. A. (2003). The effect of national culture on management control and incentive system design in multi-business firms: evidence of intracorporate isomorphism. European Accounting Review, 12(2), 263-285.
Van der Stede, W. A., Young, S. M., & Chen, C. X. (2005). Assessing the quality of evidence in empirical management accounting research: The case of survey studies. Accounting, Organizations and Society, 30(7-8), 655-684.
Wegmann, G. et al. (2008). The activity-based costing method developments: state-of-the art and case study. ICFAI–University Journal of Accounting Research, 1-17.
Wegmann, G., Nozile, S. (2009). The Activity-Based Costing Method developments: state-of-the art and case study in the it supply chain of an international group. International Conference On Information And Management Sciences, 7, Proceedings.
Yazdifar, H., Zaman, M., Tsamenyi, M., & Askarany, D. (2008). Management accounting change in a subsidiary organisation. Critical Perspectives on Accounting, 19(3), 404-430.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
The copyright for papers published in this journal belong to the author, with rights of first publication for the journal. As the papers appears in this publicly accessed journal, the papers are for free use, receiving their credit, in educational and non-commercial uses. The journal will allow the use of the papers published for non-commercial purposes, including the right to send the paper to publicly accessed databases.