CICLO DE VIDA DAS COMPANHIAS ABERTAS BRASILEIRAS COMO DETERMINANTE DE SUA ESTRUTURA DE CAPITAL
DOI:
https://doi.org/10.4270/RUC.2018103Keywords:
ciclo de vida organizacional, estrutura de capital, fluxo de caixaAbstract
Este estudo tem por objetivo analisar a relação entre estrutura de capital e ciclo de vida empresarial, fundamentado no modelo proposto por Dickinson (2011), que diferencia as fases do ciclo de vida com base no comportamento dos fluxos de caixa. Desse modo, foi realizada uma pesquisa quantitativa, descritiva quanto aos objetivos, documental utilizando demonstrações financeiras do período de 2008 a 2015, disponíveis no banco de dados da Economática®. A amostra, não probabilística intencional, é formada por 210 companhias com ações negociadas na B3. Para responder ao problema de pesquisa foram utilizados testes de diferença de médias (ANOVA) e análise de regressão múltipla com dados em painel não balanceados, tendo por variável dependente o nível de endividamento e, por variável de interesse, a classificação do ciclo de vida. Os resultados indicam um padrão de comportamento de maior endividamento das empresas em fases iniciais (Introdutória e Crescimento) de seu ciclo de vida. As análises de regressão múltipla corroboram esse achado para as empresas jovens, e também trazem indícios de que, na medida em que a empresa se situa em etapas mais avançadas de seu ciclo de vida, há uma tendência de diminuição da dívida em sua estrutura de capital. Conclui-se que as informações oriundas da Demonstração dos Fluxos de Caixa são úteis para supor a estrutura de capital da empresa, evidenciando um comportamento de maior endividamento em empresas jovens e menor endividamento em empresas mais maduras.
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