VALUE AT RISK CONDICIONAL: UMA ANÁLISE DOS SETORES ECONÔMICOS BRASILEIROS POR MEIO DE ÍNDICES CONTÁBEIS E MACROECONÓMICOS

Autores

Palavras-chave:

Índices contábeis, índices contábeis, Setores econômicos, setores econômicos, Risco sistêmico, risco sistêmico, Gerenciamento de risco, gerenciamento de risco, Variáveis macroeconômicas, variáveis macroeconômicas.

Resumo

A dinâmica de funcionamento dos mercados financeiros tem se caracterizado pelas influências externas, decorrentes do processo de integração econômica, social, política e cultural, principalmente a partir de 1980. Assim, uma vez consideradas as inter-relações, o risco sistêmico torna-se iminente, havendo a necessidade de gerenciá-los. Nesse contexto, este artigo, usando índices contábeis e variáveis macroeconômicas no modelo CoVaR, por meio da estimação de painel quantílico com efeitos fixos aditivos, construiu modelos de gerenciamento de risco para os setores econômicos brasileiros. Os resultados apontam que, ao inserir fatores advindos da contabilidade e da economia, simultaneamente, as explicações para a contribuição de risco sistêmico tornam-se mais adequadas do ponto de vista econômico-financeiro. Além disso, o setor de materiais básicos merece estudos mais aprofundados, incluindo a possibilidade de medidas prudenciais. Portanto, o conhecimento desse tipo de informação gerado pelos modelos permite a adoção de mecanismos de proteção e monitoramento de risco, além da decisão na alocação de ativos. Assim, ao elencar os aspectos considerados inovadores, de cunho teórico e empírico, pode-se afirmar que a contribuição prática deste artigo consiste em identificar setores potencialmente mais arriscados, a ponto de orientar os formuladores de políticas econômicas, no âmbito macro e micro, a desenvolver medidas prudenciais aplicáveis a outros setores do mercado acionário brasileiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Anna Paola Fernandes Freire, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Doutora em Ciências Contábeis; Professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Márcio André Veras Machado, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Doutor em Administração; Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) e em Ciências Contabilidade (PPGCC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Paulo Roberto Nóbrega Cavalcante, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Doutor em Ciências Contábeis; Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contabilidade (PPGCC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Referências

ADRIAN, T.; BRUNNERMEIER, M.; K. CoVaR. The American Economic Review, v.106 n. 7, p.1705-1741, 2016.

ACHARYA, V.; ENGEL, V. R.; RICHARDSON, M. Capital Shortfall: A New Approach to Ranking and Regulating Systemic Risks. The American Economic Review: Papers & Proceedings, v. 102, n. 3, p. 59-64, 2012.

ALMEIDA, A. T. C.; FRASCAROLLI, B. F.; CUNHA, D. R. Medidas de Risco e Matriz de Contágio: Uma Aplicação do CoVaR para o Mercado Financeiro Brasileiro. Revista Brasileira de Finanças, v. 10, n. 4, p. 551-584, 2012.

AMORIM, A. L. G. C.; LIMA, I. S.; MURCIA, F. D. Análise da Relação entre as Informações Contábeis e o Risco Sistemático no Mercado Brasileiro, Revista Controladoria & Finanças - USP, v. 23, n. 60, p. 199 - 221, 2012.

ARAÚJO, G. S.; LEÃO, S. Risco sistêmico no mercado acionário brasileiro: Uma abordagem pelo método CoVaR. Trabalhos para discussão, Banco Central do Brasil - BACEN, n. 307, p. 1 - 21, 2013.

ARIAS, M.; MENDOZA, J. C.; REYNA, D. P. Applying CoVaR to Measure Systemic Market Risk: the Colombian Case, Anais de Conferência IFC: intitiatives to address data gaps revealed the financial crisis, v. 34, pp. 351 - 364, 2010. Disponível em: https://www.bis.org/ifc/publ/ifcb34w.pdf>. Acesso em: 30 dez. 2014.

BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN. O acordo da Basiléia. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/fis/supervisao/basileia.asp>. Acesso em: 2 ago. 2016.

BANDT, O.; HARTMANN, P. Systemic risk: A survey, European Central Bank, SSRN - Working paper, n. 35, 2000.

BAUR, D. G. Financial contagion and the real economy, Journal of Banking & Finance, v. 36, n. 10, p. 2680 - 2692, 2012.

BERNARDI, M.; GAYRAUDI, G.; PETRELLA, L. Bayesian inference for CoVaR, arXiv.org. v. 1, pp. 01-39, 2013. Disponível em: <http://arxiv.org/pdf/1306.2834v3.pdf.> Acesso em: 3 jan. 2014.

BIERTH, C.; IRRESBERGER, F.; WEIB, N. F. Journal of Banking & Finance. Systemic risk of insurers around the globe, v.55, p. 232-245, 2015.

BILLIO, M.; GETMANSKY, M.; LO, A. W.; PELLIZZON, L. Econometric Measures of Systemic Risk in the Finance and Insurance Sectors. Working Papers. Department of Economics Ca’ Foscari University of Venice, n. 21, 2011.

BRASIL, BOLSA, BALCÃO- B3. Recuperado em 10 abril, 2017. http://www.b3.com.br/pt_br/.

BROOKS, C. Introductory Econometrics for Finance, 3ª edition, Cambridge: Cambridge University Press, 2014.

BRUNNERMEIER, M. K.; ROTHER, S.; SCHNABEL, S.. Asset Price Bubbles and Systemic Risk. Recuperado em 18 agosto, 2017, de https://www.finance.uni-bonn.de/fileadmin/Fachbereich_Wirtschaft/Einrichtungen/Statistik/Finance_Department/Schnabel/Brunnermeier_Rother_Schnabel_Asset_Price_Bubbles_and_Systemic_Risk_27Jul2017.pdf.

BRUNNERMEIER, M.K.; SANNIKOV, Y. A macroeconomic model with a financial sector, American Economics Reviews, n. 104, p. 379-421, 2014.

CANAY, I. A. A simple approach to quantile regression for painel data. The Econometric Journal, v. 14, n. 3, p. 368-386, 2011.

CAPELLETTO, L. R.; CORPAR, L. J. Índices de risco sistêmico para o setor bancário, Revista de Contabilidade e Finanças-USP, v. 19 n. 47, p. 06-18, 2008.

CHEN, C.; LYENGAR, G.; MOALLEMI, C. C. An axiomatic Approach to Systemic Risk. Management Science, v. 59, n. 6, p. 1373-1388, 2013.

CLEMENTE, A. di. Estimating the Marginal Contribution to Systemic Risk by A CoVaR-model Based on Copula Functions and Extreme Value Theory. Economic Notes: Review of Banking, Finance and Monetary Economics, v.9999, n.9999, p. 1-44, 2017.

COLLETAZ, G.; HURLIN, C.; PÉRIGNON, C. The risk map: a new tool for validating risk models. Journal of Banking & Finance, v. 37, p. 3.843 - 3.854, 2013.

DANIELSSON, J. SHIN, H. S. Ano, 2003. Endogenous Risk, In: Modern Risk Management - A History, Disponível em: <http://www.riskresearch.org/files/DanielssonShin2002.pdf>. Acesso em: 13 set, 2016.

_________; JAMES, K. R.; VALENZUELA, M.; ZER, I. Journal of Financial Stability, v. 23, p. 79-91, 2016.

DRAKOS, A. A.; KOURETAS, G. P. Bank ownership, financial segments and the measurement of systemic risk: An application of CoVaR. International Review of Economics and Finance, v. 40, p. 127 -140, 2015.

DUMITRESCU, E.; BANULESCU, D. G. Which are the SIFIs? A Component Expected Shortfall approach to systemic risk. Journal of Banking and Finance, v. 50, p. 575-588, 2015.

ESPINOSA, G. L.; MORENO, A.; RUBIA, A.; VALDERRAMA, L, Short-term wholesale funding and systemic risk: A global CoVaR approach. Journal of Banking & Finance, v. 36, p. 3.150-3.162, 2012.

FENDOGLU, S. Credit cycles and macroprudential policy framework in emerging countries. Bank for international settlements (BIS Papers), n.86, p. 17-24, 2016.

FERREIRA, D. M; MATTOS, L. B. de. The contagion effect of the subprime crisis in the Brazilian stock. Procedia Economics and Finance, v.14, p. 191-200, 2014.

GALVÃO, A. F; LAMARCHE, C.; LIMA, L. R. Estimation of Censored Quantile Regression for Painel Data with Fixed Effects. Journal of the American Statistical Association, Washington, v. 108, p. 1-50, 2013.

GEORGESCU, O. M. Contagion in the interbank market: Funding versus regulatory constraints. Journal of Financial Stability, v. 18, p. 1-18, 2015.

GIUDICI, P.; SARLIN, P.; SPELTA, A. The multivariate nature on systemic risk: direct and common exposures. DEM Working Paper Series, 2016.

GLASSERMAN. P.; YOUNG. P. How likely is contagion in financial networks?. Journal of Banking & Finance, v. 50. p. 383 - 399, 2014.

HARDING, M.; LAMARCHE, C. Estimating and testing a quantile regression model with interactive effects. Journal of Econometrics, v. 178, p. 101-113, 2014.

HAUTSCH, N.; SCHAUMBURG, J.; SCHIENLE, M. Financial Network Systemic Risk Contributions. Review of Finance, v. 19, p. 01-54, 2014.

HUANG, X.; ZHOU, H.; ZHU, H. Systemic Risk Contributions, Finance and Economics Discussion Series. Divisions of Research & Statistics and Monetary Affairs Federal Reserve Board, Washington, D.C., 2010.

IGLESIAS, E. M. Value at Risk an expected shortfall of firms in the main European union stock market indexes: A detailed analysis by economic sectors and geographical situation. Economic Modelling, v. 50, p. 1-08, 2015.

IPEADATA. Série histórica. Recuperado em 12 novembro, 2015 http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx.

KENÇ, T. Macroprudential regulation: history, theory and policy, Bank for international settlements (BIS), n. 86, p. 1-16, 2016.

KOENKER, R. Quantile regression for longitudinal data. Journal of multivariate Analysis, v. 91, p.74-89, 2004.

__________. (2005). Quantile Regression. University of Illinois, Urbana-Champaing.

KOTHARI, S. P.; LESTER, R. The role of accounting in the financial crisis: lessons for the future. Accounting Horizons, v. 26, n.2, p. 335-351, 2012.

LAURA, M. R.; FAHAD, N. U. Would Hedge Fund Regulation Mitigate Systemic Risk? Direct vs, Indirect Regulation Approach. International Business Research, v. 10, n. 8, p. 31-43, 2017.

LEHAR, A. Measuring Systemic Risk: A risk approach. Journal of Bankig and Finance, v. 29, n. 2, p. 73 - 84, 2005.

LEVIN, A; LIN, C.; CHU, C. Unit Root Tests in Panel Data: Asymptotic and Finite Sample Properties. Journal of Econometrics, v.108, p. 1-24, 2002.

MARIONI, L. da, S.; VALE, V. de, A.; PEROBELLI, F. S.; FREGUGLIA, R. da, S. Uma Aplicação de Regressão Quantílica para Dados em Painel do PIB e do Pronaf. Revista de economia e sociologia rural, v.54, n.2, p. 01-22, 2016.

PERICOLLI, M.; SBRACIA, M. A primer on financial contagion. Journal of Economic Surveys, v.17, n. 4, p. 571-608, 2003.

PEROBELLI, F.F.C.; SECURATO, J.R. Modelo para medição do fluxo de caixa em risco: aplicação a distribuidoras de energia elétrica. Revista de Administração de Empresas, v. 45, n.4, p. 50-65, 2005.

REBOREDO, J. C.; UGOLINI, A. Systemic risk in European sovereign debt markets: A CoVaR - copula approach. Journal of International Money and Finance, v. 51, p. 214-244, 2015.

SANTOS, R. P. S.; PEREIRA, P. L. V. Modelando Contágio Financeiro através de Cópulas. Revista Brasileira de Finanças, v. 9, n. 3, p. 335-363, 2011.

SILVA, E. N, DA.; PORTO J. S. da. Sistema financeiro e crescimento econômico: uma aplicação de regressão quantílica. Economia Aplicada, v.10, n. 3, p. 425-442, 2006.

TRABELSI, N.; NAIFAR, N. Are Islamic stock indexes exposed to systemic risk? Multivariate GARCH estimation of CoVaR. Research in International Business and Finance, in Press, manuscrito aceito, 2017.

TRISTÃO, D. S.; PORTUGAL, M. S. (2013). CoVaR como medida de contribuição ao risco sistêmico, aplicado às instituições do sistema financeiro brasileiro. 13° Encontro Brasileiro de Finanças, Recuperado em 10 junho, 2015. http://

VARTANIAN; R. P. Impactos do índice Dow Jones, commodities e câmbio sobre o Ibovespa: uma análise do efeito Contágio. Revista de Administração Contemporânea - RAC, Rio de Janeiro-RJ, v. 16, n. 4, p. 608-627, 2012.

YAROVAYA, L.; LAU, M. C. K. Stock market comovements around the Global Financial Crisis: Evidence from the UK, BRICS and MIST markets. Research in International Business and Finance, v.37, p. 605-619, 2016.

Publicado

2022-07-04

Edição

Seção

Seção Nacional