Segmentos especiais da BM&FBOVESPA e dispersão acionária: Boa governança corporativa ou isomorfismo institucional?
DOI:
https://doi.org/10.7867/1980-4431.2013v18n2p62-80Palavras-chave:
Governança corporativa. Estrutura de propriedade. Dispersão acionária. Teoria da agência. Teoria institucional.Resumo
Este artigo avalia as diferenças entre as médias de dispersão acionária dos segmentos de governança corporativa e o segmento tradicional da Bolsa de Valores Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA). A informação utilizada como proxy para avaliar o grau de dispersão foi o percentual de ações pertencentes a acionistas com menos de 5% de ações de cada espécie. Após a eliminação das observações atípicas, foram utilizados dados de 343 empresas, sendo 122 delas pertencentes à listagem do Novo Mercado (NM), 17 do Nível 2 (N2), 37 do Nível 1 (N1) e 167 que não pertenciam a nenhum segmento especial de governança (Grupo Tradicional – GT). Adicionalmente, foram utilizadas a Teoria da Agência e a Teoria Institucional para fundamentar as hipóteses que originaram o estudo. Os resultados revelaram a existência de diferenças significativas entre as médias de dispersão do grupo de empresas pertencentes ao segmento especial e do GT, traduzindo as expectativas existentes na literatura sobre a possibilidade de mecanismos de governança corporativa propiciarem a dispersão acionária. Através da Análise de Variâncias (ANOVA) foi constatada diferença significativa também entre os quatro segmentos (NM, N2, N1 e GT), no entanto, diferentemente do esperado, não foi verificado um aumento linear da dispersão acionária de acordo com o aumento do nível de governança. O estudo contribui para os estudos relacionados aos mecanismos de governança corporativa e sua relação com o grau de dispersão acionária encontrada nas empresas.
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