UM ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO DE EFICÁCIA DE TREINAMENTO E SUAS RELAÇÕES COM A QUALIDADE

Abstract

Este artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa patrocinada pelo PRONEX cujo objetivo é estudar as relações entre qualidade de vida e estresse no trabalho e a percepção de eficácia dos programas de treinamento de longa duração, como os de pós-graduação lato sensu. Para o estudo, vem sendo utilizado o modelo de avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) de Hackman; Oldham (1975) e o de avaliação de estresse de Cooper et al (1988). Para a avaliação da eficácia do treinamento, utilizou-se o modelo de Borges-Andrade (1999a; 1999b). A pesquisa envolveu uma população de 493 alunos de um curso de pósgradua ção lato sensu de uma grande instituição federal de ensino superior, da qual foi extraída uma amostra de 253 participantes. A análise dos dados envolveu análise de conglomerado, correlação de Pearson, análise de variância e o teste qui-quadrado. Os resultados indicam que os alunos com percepção de melhor qualidade de vida são também os que têm uma percepção de maior eficácia dos cursos que freqüentam. Os que revelaram menor qualidade de vida foram também os que manifestaram percepção de menor eficácia dos programas de que participam. Entretanto, quando analisada a relação entre estresse e treinamento, não se constataram diferenças significativas entre os dois grupos pesquisados. Os resultados sugerem que os alunos, para os quais os cursos são mais eficazes, conseguem gerenciar melhor as variáveis relacionadas a sua qualidade de vida no trabalho. Os dados também sugerem que profissionais que desfrutam de melhor qualidade de vida tiram maior proveito dos cursos que freqüentam.