AS RELAÇÕES DE TRABALHO E A AÇÃO GERENCIAL: UM ESTUDO EM BANCOS PRIVADOS
DOI:
https://doi.org/10.7867/1980-4431.2012v17n1p18-37Keywords:
relações de trabalho, gerentes, bancos privados.Abstract
Este artigo objetiva analisar os vínculos entre as relações de trabalho e a ação gerencial no setor financeiro. O estudo é uma reflexão sobre as implicações das transformações ocorridas nas relações de trabalho decorrentes das mudanças ocorridas no contexto dos bancos. A pesquisa possui caráter qualitativo e analisa as experiências de gerentes e supervisores que trabalham em bancos privados da cidade de Campina Grande/PB. A análise dos resultados favorece a uma reflexão crítica da subsunção dos trabalhadores gerentes em meio à pressão multidimensional exercida sobre os mesmos. O gerente bancário se vê predominantemente numa realidade marcada pelo uso da autoridade formal como meio para o atendimento de interesses organizacionais. A não aceitação de argumentos em meio a problemas operacionais, as constantes pressões para o alcance das metas sobre o risco de ser demitido comprometem o exercício da atividade gerencial. O medo de perder o emprego e de errar leva o gerente a se submeter a situações que caracterizam um processo de precarização das relações de trabalho.