PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DE INFEÇÕES URINÁRIAS NO ESTADO DO AMAPÁ, BRASIL
REVISÃO SISTEMÁTICA EM ESTUDOS ETNOBOTÂNICOS
DOI :
https://doi.org/10.7867/1983-1501.2022v24n1p66-77Mots-clés :
fitoterapia popular, comunidades tradicionais, etnobotânicaRésumé
Resumo: O objetivo deste estudo é realizar um levantamento no estado da arte das plantas medicinais utilizadas em comunidades tradicionais amapaenses para tratamento de infecções urinárias. Trata-se de uma revisão da literatura, de caráter sistemático. A metodologia utilizada foi a consulta em bases científicas como Google Acadêmico, SCIELO e Web of Scienc. Foram encontrados 29 trabalhos, sendo que apenas 6 publicações foram selecionadas após aplicação dos critérios de elegibilidade. Encontraram-se 26 espécies, distribuídas em 19 famílias botânicas, sendo as mais representativas a Amaranthaceae (n=4 espécies), a Arecaceae (n=2), Fabaceae (n=2) e a Poaceae (n=2). As plantas mais citadas foram: Costus spicatus (Jacq.) Sw. (Canaficha, canafistula, canarana), Phyllanthus niruri L. (Quebra pedra), Annona muricata L. (Gravioleira), Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. (Mucajazeiro), Persea americana Mill. (Abacateiro), Coix lacryma-jobi L. (Lágrima de Nossa Senhora). Conclui-se que o uso de plantas medicinais para tratamento de patologias faz parte da cultura das comunidades tradicionais amapaenses e esta opção pelo uso de plantas pode estar relacionada à manutenção do conhecimento tradicional, o distanciamento das comunidades quanto ao sistema público de saúde, bem como o elevado custo dos medicamentos sintéticos. Contudo, para segurança e uso racional das plantas são necessárias informações científicas sobre os compostos bioativos das espécies.