AVALIAÇÃO DE DIFERENTES COAGULANTES NATURAIS PARA OBTENÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL
DOI:
https://doi.org/10.7867/1983-1501.2023v25n1p22-32Resumen
Diante do crescente grau de poluição que afeta a qualidade dos mananciais, é essencial o tratamento de água para o abastecimento humano. A coagulação é uma das etapas mais importantes a serem realizadas nas estações de tratamento, porém, diante dos riscos ambientais e de saúde provenientes do uso de coagulantes inorgânicos, a pesquisa bibliográfica propõe compilar estudos experimentais de coagulantes naturais que obtiveram êxito na remoção de turbidez da água. Entre os resultados, o Anacardium occidentale (caju), o Abelmoschus esculentus L. Moench (quiabo), e a quitosana apresentaram 99%, 66,0% e 95,8% de eficiência de remoção de turbidez, respectivamente, demonstrando que a água tratada se enquadrou dentro dos valores máximos permitidos pela legislação brasileira para esse parâmetro. A Acacia decurrens (acácia negra) e a Moringa oleifera Lam indicaram eficiências de remoção de turbidez em torno de 80% no processo de clarificação da água. Já o Opuntia ficus-indica (cacto) apontou eficiência de 45,9% na remoção de turbidez, nas condições de operação estudadas, contudo, a etapa de filtração inserida poderia melhorar esse resultado. Assim, pode-se afirmar que todos os coagulantes avaliados apresentaram potencial, sendo considerados como uma ótima alternativa renovável e biodegradável para a tecnologia verde de tratamento de água.