MOLUSCOS BENTÔNICOS COMO BIOINDICADORES DA QUALIDADE AMBIENTAL DE UM RESERVATÓRIO NO SEMIÁRIDO DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.7867/1983-1501.2023v25n1p6-21Palabras clave:
Monitoramento. Ecossistema aquático. Qualidade da água. Indicadores ambientais.Resumen
No semiárido brasileiro, os reservatórios foram construídos, historicamente, para reduzir a escassez hídrica causada pelos longos períodos de estiagem. Portanto, o monitoramento desses ecossistemas é necessário para que a qualidade ambiental seja mantida, podendo-se recorrer aos macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores ambientais. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade ambiental de um reservatório (Jatobá II, Princesa Isabel – PB, semiárido brasileiro), utilizando a comunidade de moluscos bentônicos, analisando dados de riqueza, abundância, análises físicas e químicas da água, além de dados de influência antrópica ao entorno do reservatório. Os resultados mostraram uma baixa riqueza de moluscos (Melanoides tuberculata, Pomacea e Planorbidae), além de elevada abundância de M. tuberculata (98,46%), espécie invasora que costuma se adaptar facilmente, mesmo diante de condições adversas, onde o pH e a condutividade se mostram desfavoráveis para outras espécies. Ainda, foram observadas atividades antrópicas no entorno do reservatório aliadas ao processo de urbanização. As variáveis físicas e químicas apontam para boa qualidade da água, no entanto, a baixa riqueza de moluscos, dominância de M. tuberculata, além da presença de influências antrópicas nas margens do reservatório, refletem desequilíbrio ambiental. Nesse sentido, é preciso que ocorra o monitoramento periódico do reservatório em questão.