O trabalho na segunda metade do século XX
DOI:
https://doi.org/10.7867/2317-5443.2016v4n1p031-076Palavras-chave:
Capital e trabalho, crise do capitalismo, “nova classe operária”, reestruturação do trabalho.Resumo
Neste artigo se examina o trabalho na segunda metade do século XX. Nos anos que se seguem à Segunda Guerra Mundial houve uma expansão econômica na qual a estabilidade capitalista existiu apenas no centro do sistema, já que uma onda de guerras e revoluções continuou a varrer as nações periféricas. Na Europa oriental, incorporada ao “bloco socialista”, rebeliões operárias contra a burocracia dirigente alcançaram Berlim oriental (1953), Hungria (1956), Tchecoslováquia (1968), Polônia (1956, 1971). Ainda tiveram lugar desenvolvimentos revolucionários da classe operária na Ásia e na América Latina nas décadas de 1960 e 1970, no esteio da revolução cubana de 1959-61. Na Europa ocidental, o proletariado também protagonizou situações revolucionárias, desde o maio francês de 1968, passando pelo outono quente italiano (1969) até a revolução portuguesa (1974). Nos EUA houve inúmeros conflitos entre trabalho e capital a partir da década de 1950. São destacáveis, sobretudo, além de dezenas de greves, o surgimento de uma nova militância operária, as pressões da base trabalhadora em favor de mudanças na política de negociação coletiva e o aumento na consciência racial e de gênero. O objetivo, então, é oferecer um quadro da realidade do trabalho que se constituiu nas últimas décadas.
Código JEL | F16; J82; R23.Downloads
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