Expulsão do paraíso

Autores

  • Armando de Melo Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.7867/2317-5443.2016v4n1p006-029

Palavras-chave:

Economia moderna, Estado, individualismo, interesses privados, riqueza privada.

Resumo

Este trabalho visa descortinar o período de germinação da reflexão econômica moderna, a qual no final do mesmo desabrocha, apresentando-se, primeiramente, como “Aritmética Política”, cálculo a serviço do Rei, um saber para o Estado. Aqui veremos o desenvolvimento da oposição entre o homem e a cidade, entre o interesse privado e o da polis, que já se manifestava no mundo grego. Neste contexto de rupturas que levam do tomismo/holismo antigo ao atomismo/individualismo moderno, o econômico se desincrusta do tecido social e assume sua face atual, impondo-se a conflituosa dinâmica em que o enriquecimento privado se emancipa e contrapõe-se ao interesse público. Assim, expulsa do Paraíso – não por nenhum anjo transcendente, mas pelos desdobramentos fortuitos da história humana – e presa à vida de escassez (conceito derivado da concepção econômico-teológica que professa a insaciabilidade infinita do desejo humano), a economia vai se apresentar como ciência desoladora. É buscando responder às crescentes tensões aqui geradas, e reconciliá-las, que Adam Smith erguerá sua “Riqueza das Nações”, centrada no metafórico e epifânico conceito da mão invisível. Entre os fatores que impulsionaram este processo, aqui se examinam três deles.

Código JEL | D31; B50; P17.

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Publicado

2016-09-22

Como Citar

Lisboa, A. de M. (2016). Expulsão do paraíso. Revista Brasileira De Desenvolvimento Regional, 4(1), 006–029. https://doi.org/10.7867/2317-5443.2016v4n1p006-029

Edição

Seção

Artigos