A SOLIDÃO FEMININA E SUAS DELICADAS RELAÇÕES A PARTIR DOS ROMANCES DE CLARICE LISPECTOR
DOI :
https://doi.org/10.7867/1981-9943.2007v1n3p260-276Mots-clés :
Clarice Lispector. Solidão. Mulher. Literatura. Relacionamento.Résumé
A literatura de Clarice Lispector (1999, 1998, 1992) é reveladora das particularidades humanas, o modo de pensar, agir, de conceber valores, de ser e viver, sobretudo no que concerne ao universo feminino: casamento, maternidade, lidar com a casa e os filhos. Mesmo agindo de acordo com as normas, as protagonistas são tomadas por uma inquietação, um sentimento de não ser ou pertencer. As mulheres apresentadas vivem papéis reforçados pelas relações que estabelecem com seus maridos, amantes, amados, colegas e filhos, porém, não são relações significativas. Ao se sentirem sós, elas questionam quem são. Os romances de Lispector (1999, 1998, 1992) mostram o processo de conscientização do eu feminino e como a solidão pode ser transformadora, participando na estruturação da autonomia. A solidão, mais do que limitar espaços, também pode regenerar ou gerar a mulher. Sentir-se só não é sentir-se alheio à sociedade. As tramas claricianas falam acima de tudo da importância do amor-próprio e nos mostram que ser algo que não se é não promove o encontro com as pessoas. Como ilustração, apresentamos a trajetória percorrida por uma de suas personagens. Nessa busca de compreender a importância da obra de Clarice nas reflexões sobre o feminino, conceituamos solidão, solidão feminina e amor. A literatura então serve de apoio para a identificação e para a própria história de construção do ser mulher.
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