IMAGENS DA VIOLÊNCIA PRESENTES EM MINEIRINHO, DE CLARICE LISPECTOR
DOI :
https://doi.org/10.7867/1981-9943.2024v18n1p124-137Résumé
Este artigo busca discutir as interfaces da violência presentes no texto “Mineirinho”, de Clarice Lispector. Na discussão, destaca-se a importância da literatura como um direito humano essencial na vida do indivíduo. A literatura humaniza e enriquece a personalidade e o grupo, porque favorece o exercício da reflexão, a aquisição do saber, a boa disposição para com o próximo, o afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o senso da beleza, a percepção da complexidade do mundo e dos seres, o cultivo do humor. Nesse sentido, Clarice Lispector é clara na ponderação sobre o sofrimento de Mineirinho, que morreu de forma brutal com treze tiros. A autora, que é a personagem da crônica de mesmo nome, coloca-se no lugar dele, em forma de discurso, ressaltando que a falta de cuidado do homem com o seu semelhante causa a morte da coletividade. Não evitar que um indivíduo morra, por falta de apoio social, é contribuir para uma sociedade de injustiça, como ocorreu com o personagem Mineirinho, que não teve acesso a bens sociais, e provavelmente por essa razão se envolveu no mundo da criminalidade. O trabalho envolve, inicialmente, conhecer o personagem Mireirinho, através de pesquisa bibliográfica, seguido de reflexões acerca do etnocentrismo, do papel social da literatura e das desigualdades sociais expostas na obra. Como aporte teórico, embasamo-nos nos estudos de Almeida, (2013), Freire (1989), Oliveira (2018), Candido (2017) e Spivak (2010).
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