RECORTE AUTOBORIGRÃFICO DE UM CORPO NEGRO BAILARINO, PESQUISADOR E PROFESSOR
DOI :
https://doi.org/10.7867/1981-9943.2022v16n3p055-075Résumé
Laroyê Exú abre caminhos neste artigo para tratar de um processo de “percepção”, “afectos” e “criação”, ligados à construção de um estilo “borigráfico” na dança que expressa um corpo negro. Apoiados nos pensadores da diferença Deleuze; Guattari (2012) e nas perspectivas pós-coloniais vindas de Fanon (2008); Mbembe (2018); outros, ousamos a criação de uma autoBORIgrafia, processo metodológico que se envolve com as macumbarias exusíacas, próximas de Rufino (2019) e com a cartografia deleuziana-guattriana; ou seja, provoca alianças entre o rizoma e a encruzilhada, associa a cartografia ao cruzo quando propõe a sobreposição de três momentos e planos concomitantes para dizer das potencias de um corpo negro bailarino e professor. Sendo o 1º, a afeção, algo que acontece ou perpassa; o 2º, O que se desdobra dessa atenção demarca e pede enfrentamento; e o 3º, demanda criar uma nova ação ou ponto de vista ainda não proposto. Esses três elementos dizem de uma metamorfose do pensar (CUNHA, 2011), que movimenta um corpo negro como expressão de um pensamento outro, singular, produtor de resistências e experimentações.
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