RESISTÊNCIAS TÉCNICAS E COGNITIVAS DOS ARTISTAS PERIFÉRICOS DE BLUMENAU.
AS MODAS DAS PERIFERIAS E O CORPO SEM ÓRGÃOS
DOI:
https://doi.org/10.7867/1981-9943.2022v16n3p090-106Resumen
Essa pesquisa apresentará uma reflexão sobre as resistências técnicas e cognitivas dos artistas periféricos de Blumenau, a partir do conceito de Corpo sem Órgãos de Deleuze e Guattari (2011). Elas foram percebidas durante a execução do Projeto “SUPRIMIDO PARA AVALIAÇÃO AS CEGAS”, em 2022. Os participantes entrevistados foram moradores de regiões periféricas de Blumenau, artistas, artesãos e performers cujas identidades faziam parte de suas produções visuais. Como local periférico, considerou-se o local de pertença cultural em relação ao contexto de Blumenau, que mantém a colonialidade de poder (SUPRIMIDO, 2021). O Projeto levou etnofotografia de moda para artistas e produtores visuais periféricos, no intuito de divulgar o conhecimento, reconhecer as identidades periféricas e mapear as criações e produções artísticas e visuais de Blumenau em locais invisibilizados. Para descrever a relação da periferia com o contexto foi efetuada a cartografia e uma análise das fotografias efetuadas durante o Projeto. O conceito de Corpo sem Órgãos fundamentará as discussões em três categorias: a eminência do Corpo sem Órgãos cheio; do Corpo sem Órgãos vazio e/ou do Corpo sem Órgãos canceroso nas produções visuais periféricas. As resistências apresentadas e discutidas a partir desse conceito, , relacionaram-se com a cor da pele, gênero, transgeneridade, analfabetismo virtual e moradia em locais distantes da região central, e estão diretamente conectadas às escolhas culturais do rap e hip hop, performance vogue, arte de rua e tradições manuais que, desprendidas do ideal germânico institucionalizado, encontraram local de pertença periférico, e marginalizado, e ali discorrem suas revoluções estéticas nas artes visuais.
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