PROCESSOS DE RESISTÊNCIA E DE EXISTÊNCIA DE NEGROS AMAZÔNICOS: UM PARALELO ENTRE OS SUJEITOS DO MARABAIXO E DO ALTO DO BODE
DOI:
https://doi.org/10.7867/1981-9943.2022v16n3p005-020Resumen
O objetivo deste artigo foi o de visibilizar duas micro-histórias de sujeitos negros amazônicos, para tentar compreender por que, na atualidade, ainda circulam dizeres ofensivos, racistas e opressores sobre determinado corpo social negro. Destacamos alguns acontecimentos os quais uma parcela dos corpos sociais regionais, o Estado e, em alguns casos, também a Igreja Católica lançaram dizeres e ações agressivas contra os sujeitos negros praticantes do Ciclo do Marabaixo, em Macapá-AP, bem como sobre os imigrantes antilhanos no morro Alto do Bode em Porto Velho-RO, ao longo do século XX. Nossa análise se inscreve no campo teórico e metodológico dos Estudos Discursivos Foucaultianos e mobilizamos, para as nossas discussões, especialmente, os conceitos de discurso, poder, resistência, corpo utópico e heterotopia a partir dos trabalhos de Michel Foucault (2003, 2005, 2011, 2013a, 2013b). Aplicamos esses termos conceituais em materialidades discursivas diversas, oriundas de matéria jornalística, redes sociais, livros e trabalhos acadêmicos. A análise possibilita compreender, mas não a aceitar, os discursos preconceituosos que, na contemporaneidade, ainda são lançados sobre determinados sujeitos.
Palavras-chave: Discurso. Sujeito negro amazônico. Marabaixo. Alto do Bode.
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