Ruptura metabólica, crise ecológica e alimentar: A experiência agroecológica do MST na busca da soberania alimentar como paradigma anticapitalista
Palavras-chave:
Soberania alimentar. Crise ecológica e alimentar. Experiência agroecológica. Ruptura metabólica. MSTResumo
Este artigo parte do pressuposto de que as crises ecológica e alimentar são manifestações da ruptura metabólica na relação entre seres humanos e meio, evidenciada por Marx ao abordar o esgotamento dos solos pelo modelo agrícola capitalista e criticar o Malthusianismo, cujos argumentos fundamentaram movimentos como a Revolução Verde e o desenvolvimento do “agronegócio”, sob a premissa de promoção da Segurança Alimentar e combate à fome. Em sentido contrário, surgem os movimentos em defesa da Soberania Alimentar, como um caminho para contornar as crises mencionadas, a exemplo da experiência agroecológica do MST no Brasil. Assim, questiona-se: Quais os limites estruturais à superação da crise ambiental e à garantia de soberania alimentar nos marcos do capitalismo (rentista) e, em que medida, as experiências agroecológicas do MST se apresentam como uma alternativa concreta de superação desse modo de produção? A tentativa de resposta a esta problematização se dá a partir de uma abordagem crítica, fundamentada teórica e metodologicamente em referências marxistas. Antecipando sinteticamente a conclusão, afirma-se a impossibilidade de sair da crise ecológica e garantir a soberania alimentar nos marcos do capitalismo rentista. De outra parte, as práticas agroecológicas do MST apresentam-se como uma alternativa de resistência concreta (não de superação) ao capitalismo.
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