TRANSPARÊNCIA PASSIVA DO GOVERNO FEDERAL BRASILEIRO: O MESMO ACESSO PARA TODOS?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4270/ruc2020319

Palavras-chave:

Solicitante de Informação Pública, Transparência Passiva, Lei de Acesso à Informação, Accountability.

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar a associação entre os tipos de resposta e as características dos solicitantes dos pedidos de acesso à informação do governo federal brasileiro, no período de 2012 a 2017. Com base na literatura sobre determinantes da transparência, foram elaboradas as hipóteses de pesquisa para testar se as características dos solicitantes de informações estavam associadas com os tipos de resposta fornecida pelo governo federal. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas e da técnica de Análise de Correspondência Múltipla (ACM). Dentre os principais resultados, destaca-se que as respostas do governo federal aos pedidos de acesso à informação não possuem forte associação com as características dos solicitantes. Portanto, há outros fatores que poderiam explicar o tipo de resposta, como o conteúdo da informação solicitada e/ou a complexidade do pedido.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Albalate del Sol, D. (2013). The institutional, economic and social determinants of local government transparency. Journal of Economic Policy Reform, 16(1), 90-107. DOI: 10.1080/17487870.2012.759422

Angélico, F. (2012). Lei de acesso à informação pública e seus possíveis desdobramentos à accountability democrática no Brasil (Dissertação de Mestrado). Escola de Administração de Empresas de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, SP.

Baldissera, J. F., Dall’Asta, D., Casagrande, L. F., & Oliveira, A. M. B. (2020). Influência dos aspectos socioeconômicos, financeiro-orçamentários e político-eleitorais na transparência dos governos locais. Revista de Administração Pública, 54(2), 340-359. DOI: 10.1590/0034-761220190048

Birskyte, L. (2019). Determinants of budget transparency in Lithuanian municipalities. Public Performance & Management Review, 42(3), 707-731. DOI: 10.1080/15309576.2018.1507915

Constituição da República Federativa do Brasil. (1988). Disponível em: http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/15261.

Chen, G., Kang, H., & Luna-Reyes, L. F. (2019). Key determinants of online fiscal transparency: A technology-organization-environment framework. Public Performance & Management Review, 42(3), 606-631. DOI: 10.1080/15309576.2018.1486213

Cruz, N. F., & Tavares, A. F. (2017). Explaining the transparency of local government websites through a political market framework. Government Information Quarterly. DOI: 10.1016/j.giq.2017.08.005

Cucciniello, M., Porumbescu, G.A., & Grimmelikhuijsen, S. (2017). 25 Years of transparency research: Evidence and future directions. Public Administration Review, 77(1), 32-44. DOI: 10.1111/puar.12685

Dias, L. N. da S., Aquino, A. C. B. de, Silva, P. B. da, & Albuquerque, F. dos S. (2020). Terceirização de portais de transparência fiscal em prefeituras municipais. Revista de Contabilidade e Organizações, 14(e164383). DOI: 10.11606/issn.1982-6486.rco.2020.164383

Ferreira, L. C. (2012). A Lei de Acesso à Informação como meio de esclarecer as leis orçamentárias e a execução destas. Revista Esmat, Palmas, 4(4), 179–191. DOI: 10.34060/reesmat.v4i4.89

Freire, F. R., & Batista, C. M. (2016). Como o cidadão avalia o portal? Um estudo com os usuários do Portal da Transparência do Governo Federal. Revista da Controladoria-Geral da União, 8(13), 373–403. DOI: 10.36428/revistadacgu.v8i13.19

IBGE (2018a). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mapas. https://mapas.ibge.gov.br/escolares/publico-infantil/grandes-regioes.html.

IBGE (2018b). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Populações e Indicadores Sociais. Estimativas da população residente no Brasil. https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/populacao/9103-estimativas-de-popula-?=&t=resultados.

Jardim, J. M. (1999). Transparência e opacidade do Estado no Brasil: Usos e desusos da informação governamental. Niterói: EDUFF.

Kwoka, M. B. (2016). FOIA, INC. Duke Law Journal, 65(7), 1361-1437. http://scholarship.law.duke.edu/dlj/vol65/iss7/2

Lei de Acesso à Informação. (2011). Regula o acesso a informações. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm.

Lindberg, S. I. (2013). Mapping accountability: Core concept and subtypes. International Review of Administrative Sciences, 79(2), 202–226. DOI: 10.1177/0020852313477761

Lowatcharin, G., & Menifield, C. E. (2015). Determinants of internet-enabled transparency at the local level: A study of midwestern county web sites. State and Local Government Review, 47(2), 102–115. DOI: 10.1177/0160323X15593384

Martins, G. A. (2002). Estatística geral e aplicada. (2a ed.). São Paulo: Atlas.

Michener, G., & Bersch, K. (2013). Identifying transparency. Information Polity, 18(3), 233-242. DOI: 10.3233/IP-130299

Raupp, F. M. (2016). Realidade da transparência passiva em prefeituras dos maiores municípios brasileiros. Revista Contemporânea de Contabilidade, 13(30), 34-52. DOI: 10.5007/2175-8069.2016v13n30p34

Raupp, F. M., & Pinho, J. A. G. (2016). Review of passive transparency in Brazilian city councils. Revista de Administração, 51(3), 288–296. DOI: 10.1016/j.rausp.2016.02.001

Rodrigues, K. F., & Michener, R. G. (2018). A necessidade de identificação como barreira ao acesso à informação: Evidências e práticas no Brasil e no mundo. Administração Pública e Gestão Social, 10(4), 304-315. DOI: 10.21118/apgs.v10i4.2039

Rodríguez, R. P., & Rossel, C. (2014). Del dicho al hecho: Derecho de acceso a la información pública en Uruguay. http://library.fes.de/pdf-files/bueros/uruguay/11587.pdf.

Sá, M. I. F., & Malin, A. M. B. (2012). Lei de Acesso à Informação: Um estudo comparativo com outros países. In Apresentações do XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação. Rio de Janeiro, RJ. http://enancib.ibict.br/index.php/enancib/xiiienancib/schedConf/presentations.

Sasso, M., Peres, L. N., Souza, L. M., Brito, N. D. D. C., & Vitta, H. L. S. (2017). Análise descritiva dos pedidos de acesso à informação ao governo federal por meio do portal acesso à informação. Revista da CGU, 9(14), 601-617. DOI: 10.36428/revistadacgu.v9i14.93

Silva, W. A. O., & Bruni, A. L. (2019). Variáveis socioeconômicas determinantes para a transparência pública passiva nos municípios brasileiros. Revista de Administração Pública, 53(2), 415-431. DOI: 10.1590/0034-761220170383

Silver, D. (2016). The news media and the FOIA. Communication Law and Policy, 21(4), 493-514. DOI: 10.1080/10811680.2016.1216686

Sousa, R. G., Wright, G. A., Paulo, E., & Monte, P. A. (2015). A janela que se abre: Um estudo empírico dos determinantes da transparência ativa nos governos dos estados brasileiros. Revista Ambiente Contábil, 7(1), 176-195. https://periodicos.ufrn.br/ambiente/article/view/5484.

Sun, S., & Andrews, R. (2020). The determinants of fiscal transparency in Chinese city-level governments. Local Government Studies, 46(1), 44-67, DOI: 10.1080/03003930.2019.1608828

Tekeng, Y., & Sharaf, M. (2015). Fiscal transparency, measurement and determinants: Evidence from 27 developing countries. Journal of Economics and Political Economy, 2(1), 69-91. DOI: 10.1453/jepe.v2i1.152

Velasco, R. A. B. (2016). “Who wants to know?” A field experiment to assess discrimination in freedom of information regimes (Dissertação de Mestrado). Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, RJ.

Zuccolotto, R., & Teixeira, M. (2014). As causas da transparência fiscal: Evidências nos estados brasileiros. Revista Contabilidade & Finanças, 25(66), 242-254. DOI: 10.1590/1808-057x201410820

Publicado

2021-06-25

Edição

Seção

Seção Nacional