A CONSTRUÇÃO DA CONFIANÇA A PARTIR DE UMA MUDANÇA NA GESTÃO EM UMA INSTITUIÇÃO FEDERAL DE ENSINO SUPERIOR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4270/ruc2020316

Palavras-chave:

Confiança organizacional, Sistema de Gestão de Desempenho, Instituição Federal de Ensino Superior.

Resumo

A confiança é um constructo onipresente e importante para os relacionamentos sociais, sendo de grande relevância para compreender o funcionamento das relações. O presente estudo tem como objetivo avaliar a construção da confiança em uma nova gestão de Instituição Federal de Ensino Superior, considerando o Sistema de Gestão de Desempenho parametrizado pelos Princípios Globais de Contabilidade Gerencial (PGCG) após uma mudança mandatária. Para tanto, um estudo de caso em profundidade foi realizado, mediante 26 entrevistas semiestruturadas, documentação e observação direta com uma equipe de gestão em três níveis (Reitoria, Pró-Reitorias e Coordenadorias), que foram analisadas por meio de análise de template. Os principais achados reforçam o mainstream da literatura que indica a confiança como elemento essencial às organizações. Quanto ao cenário de construção de confiança, a microgestão afetou negativamente a construção da confiança de competência. A sobrecarga influencia diretamente a confiança de comunicação, resultando em um declínio desse tipo de confiança. Como efeito dominó, a baixa comunicabilidade faz diminuir a confiança contratual. Destacam-se positivamente o estilo de gestão por resultados adotado pela reitoria e a preocupação com o accountability.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abrucio, F. L. (2007). Trajetória recente da gestão pública brasileira: um balanço crítico e a renovação da agenda de reformas. Revista de administração pública, 41(SPE), 67-86.

Baldvinsdottir, G., Hagberg, A., Johansson, I., Jonäll, K., & Marton, J. (2011). Accounting research and trust: a literature review. Qualitative research in accounting and management, 8(4), 382-424.

Bruno, M. L. (2013). Confiança nas relações entre líderes e liderados. Tese de Doutorado. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Behn, R. D. (1995). The big questions of public management. Public Administration Review, 55(4), 313-324.

Busco, C., Riccaboni, A., & Scapens, R. W. (2006). Trust for accounting and accounting for trust. Management Accounting Research, 17(1), 11-41.

CGMA. (2014). Global management accounting principles: improving decisions and building successful organizations. Chartered Institute of Management Accountants.

CGMA. (2016). Princípios globais de contabilidade gerencial: melhorando as decisões e construindo organizações de sucesso. Chartered Institute of Management Accountants.

Cooper, D. R., & Schindler, P. S. (2014). Business research methods (12th ed.). McGraw-Hill/Irwin.

Cuganesan, S. (2007). Accounting, contracts and trust in supply relationships. Journal of Accounting & Organizational Change, 3(2), 104-125.

De Jong, G., & Woolthuis, R. K. (2008). The institutional arrangements of innovation: antecedents and performance effects of trust in highâ€tech alliances. Industry and Innovation, 15(1), 45-67.

Dekker, H. C., Sakaguchi, J., & Kawai, T. (2013). Beyond the contract: managing risk in supply chain relations. Management Accounting Research, 24(2), 122-139.

Emsley, D., & Kidon, F. (2007). The relationship between trust and control in international joint ventures: evidence from the airline industry. Contemporary accounting research, 24(3), 829-858.

Espejo, M. M. S. B., & Vaz, P. V. C. (2018). Mensurando confiança intraorganizacional: um estudo sobre seu impacto no sistema de controle gerencial. Anais do XVIII USP International Conference in Accounting, São Paulo, SP, Brasil.

Gama, Z. (2010). Avaliação das instituições públicas de ensino superior: direções e interesses subjacentes. Estudos em Avaliação Educacional, 21(45), 33-44.

Goebel, S., & Weissenberger, B. E. (2017). The relationship between informal controls, ethical work climates, and organizational performance. Journal of business ethics, 141(3), 505-528.

Hasche, N., Höglund, L., & Mårtensson, M. (2020). Intra-organizational trust in public organizations–the study of interpersonal trust in both vertical and horizontal relationships from a bidirectional perspective. Public Management Review, 1-21.

Johansson, I., & Baldvinsdottir, G. (2003). Accounting for trust: some empirical evidence. Management Accounting Research, 14(3), 219-234.

King, N. (2004a). Using interviews in qualitative research. In: Cassell, C., & Symon, G. (Eds.). Essential guide to qualitative methods in organizational research (p. 11). SAGE Publications.

King, N. (2004b). Using templates in the thematic analysis of text. In: Cassell, C., & Symon, G. (Eds.). Essential guide to qualitative methods in organizational research (p. 256). SAGE Publications.

Langevin, P., & Mendoza, C. (2013). How can management control system fairness reduce managers’ unethical behaviours? European Management Journal, 31(3), 209-222.

Minnaar, R. A., Vosselman, E., van Veen-Dirks, P. M. G., & Zahir-ul-Hassan, M. K. (2017). A relational perspective on the contract-control-trust nexus in an interfirm relationship. Management Accounting Research, 34, 30-41.

Novelli, J. G. N., Fischer, R. M., & Mazzon, J. A. (2006). Fatores de confiança interpessoal no ambiente de trabalho. Revista Administração, 41(4), 442-452.

Oyewo, B., Vo, X. V., & Akinsanmi, T. (2020). Strategy-related factors moderating the fit between management accounting practice sophistication and organisational effectiveness: the global management accounting principles (GMAP) perspective. Spanish Journal of Finance and Accounting / Revista Española de Financiación y Contabilidad, 1-37.

Pappas, J. M., & Flaherty, K. E. (2008). The effect of trust on customer contact personnel strategic behavior and sales performance in a service environment. Journal of Business Research, 61(9), 894-902.

Pernot, E., & Roodhooft, F. (2014). The impact of inter-organizational management control systems on performance: a retrospective case study of an automotive supplier relationship. International Journal of Production Economics, 158, 156-170.

Pettersen, I. J. (2011). Trust-based or performance-based management-a study of employment contracting in hospitals. International Journal of Health planning and Management, 26(1), 18-38.

Reina, D. S., & Reina, M. L. (2007). Building susteinable trust. Od Practitioner, 39(1), 36-41.

Reina, M. L., & Reina, D. S. (2008). Trust & betrayal in the workplace: building effective relationships in your organization (2nd ed.). Berrett-Koehler Publishers.

Rousseau, D. M., Sitkin, S. B., Burt, R. S., & Camerer, C. (1998). Not so different after all: a cross-discipline view of trust. Academy of Management Review, 23(3), 393-404.

Sako, M. (1992). Prices, quality and trust: inter-firm relations in Britain and Japan. Cambridge University Press.

Sharif, K., Mahama, H., & Farooqi, N. (2017). Management, control and governance of hawala networks in the gulf cooperation council region. Asian Academy of Management Journal of Accounting and Finance, 12(2), 65–93.

Shen, M., & Chen, M. (2007). The relationship of leadership, team trust and team performance: a comparison of the service and manufacturing industries. Social Behavior and Personality: An International Journal, 35(5), 643-658.

Stake, R. (1995). The art of case study research. SAGE Publications.

Steijvers, T., Lybaert, N., & Dekker, J. (2017). Formal human resource practices in family firms. Journal of Family Business Management, 7(2), 151–165.

Stone, D. N., Nikitkov, A. N., & Miller, T. C. (2014). Strategy, IT and control @ eBay, 1995-2005: The management control system (MCS) as consumer product. Qualitative Research in Accounting and Management, 11(4), 357–379.

Tolbert, P. S., & Zucker, L. G. (1999). The institutionalization of institutional theory. In: Clegg, S. R., & Hardy, C. (Eds.). Studying organization: theory & method (pp. 169-184). SAGE Publications.

Tomkins, C. (2001). Interdependencies, trust and information in relationships, alliances and networks. Accounting, Organizations and Society, 26(2), 161–191.

Vaz, P. V. C. (2017). O papel mediador da confiança entre líderes e liderados na relação do sistema de controle gerencial com os objetivos organizacionais. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em Contabilidade, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.

Vaz, P. V. C., & Espejo, M. M. S. B. (2017). Trust and management control system: a study on meta-sinthetic interactions. REAd - Revista Eletrônica de Administração, 23(1), 156-178.

Vélez, M. L., Sánchez, J. M., & Álvarez-Dardet, C. (2008). Management control systems as inter-organizational trust builders in evolving relationships: evidence from a longitudinal case study. Accounting, Organizations and Society, 33(7-8), 968-994.

Vieira, E. F., & Vieira, M. M. F. (2003). Estrutura organizacional e gestão do desempenho nas universidades federais brasileiras. Revista de Administração Pública, 37(4), 899-920.

Zanini, M. T. F., & Migueles, C. P. (2014). O papel mediador entre confiança e desempenho organizacional. Revista de Administração, 49(1), 45-58.

Zapelini, M. B. (2011). As “big questions” da administração pública: uma proposta para o caso brasileiro. Gestão E Sociedade, 5, 155–175.

Publicado

2021-06-25

Como Citar

Espejo, M. M. dos S. B., & Fernandes, N. (2021). A CONSTRUÇÃO DA CONFIANÇA A PARTIR DE UMA MUDANÇA NA GESTÃO EM UMA INSTITUIÇÃO FEDERAL DE ENSINO SUPERIOR. Revista Universo Contábil, 16(3), 68–90. https://doi.org/10.4270/ruc2020316

Edição

Seção

Seção Nacional