P-PORT INDEX: UMA MEDIDA BASEADA EM PRINCÍPIOS LINGUÍSTICOS PARA ANÁLISE DA FACILIDADE DE LEITURA DE RELATÓRIOS FINANCEIROS

Autores

  • Fernanda Francielle de Oliveira Malaquias Doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
  • Carolina Coelho da Silveira Graduanda do Curso de Administração da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

DOI:

https://doi.org/10.4270/ruc.2019324

Palavras-chave:

Disclosure, Legibilidade, Linguística.

Resumo

Tendo em vista a necessidade de uma comunicação clara e compreensível com os investidores, a U.S. Securities and Exchange Commission tem incentivado a escrita de relatórios em uma forma simplificada do inglês, conhecida como Plain English. Essa demanda tem reflexo no cenário brasileiro, pois relatórios escritos em português também precisam ser de fácil compreensão. Percebe-se, dessa forma, a necessidade de se investigar aspectos relacionados à língua portuguesa que podem interferir na legibilidade dos relatórios publicados pelas empresas brasileiras. Nesse contexto, esse artigo tem como objetivo principal propor uma medida baseada em aspectos linguísticos para avaliar o nível de facilidade de leitura de relatórios escritos em português. Considerando a medida proposta, foi avaliado o nível de legibilidade dos Relatórios da Administração publicados pelas empresas listadas no Índice Brasil 50 (IBrX-50). Os principais resultados evidenciam a presença e a frequência de ocorrência de aspectos linguísticos que podem prejudicar a compreensão dos relatórios pelos usuários externos da informação contábil. Como principal contribuição do estudo, destaca-se a proposta de uma nova medida para a mensuração da legibilidade de relatórios, denominada P-PORT Index.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernanda Francielle de Oliveira Malaquias, Doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Professora da Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Federal de Uberlândia (FAGEN/UFU)

Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/UFU)

Carolina Coelho da Silveira, Graduanda do Curso de Administração da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Graduanda do Curso de Administração da Universidade Federal de Uberlândia

Referências

Ajina, A., Laouiti, M., & Msolli, B. (2016). Guiding through the Fog: Does annual report readability reveal earnings management?. Research in International Business and Finance, 38, 509-516.

Aquino, W., & Santana, A. C. D. (1992). Evidenciação. Caderno de Estudos–FIPECAFI, 5, 1-40.

Bai, X., Dong, Y., & Hu, N. (2019). Financial report readability and stock return synchronicity. Applied Economics, 51(4), 346-363.

Ball, R., & Brown, P. (1968). An empirical evaluation of accounting income numbers. Journal of Accounting Research, 6(2), 159-178.

Baumann, U., & Nier, E. (2004). Disclosure, volatility, and transparency: an empirical investigation into the value of bank disclosure. Economic Policy Review, 10(2), 31-45.

Bernardes, J. R., Nascimento, J. C. H. B. D., Ayres, R. M., & Siqueira, J. R. M. D. (2018). Legibilidade dos Fatos Relevantes: uma Análise na Vale SA no Período de Agosto 2012 a Agosto de 2016. Pensar Contábil, 20(71).

Bonsall IV, S. B., Leone, A. J., Miller, B. P., & Rennekamp, K. (2017). A plain English measure of financial reporting readability. Journal of Accounting and Economics, 63(2-3), 329-357.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) (2019). Orientações gerais sobre procedimentos a serem observados pelos emissores e intermediários em ofertas públicas de valores mobiliários. Ofício-Circular CVM/SRE Nº 02/19.

Dias Filho, J. M. (2000). A linguagem utilizada na evidenciação contábil: uma análise de sua compreensibilidade à luz da teoria da comunicação. Caderno de Estudos, 13(24), 38-49.

Guay, W., Samuels, D., & Taylor, D. (2016). Guiding through the fog: Financial statement complexity and voluntary disclosure. Journal of Accounting and Economics, 62(2-3), 234-269.

Hair Jr., J. F., Celsi, M. W., Money, A. H., Samouel, P., & Page, M. J. (2011). Essentials of Business Research Methods. 2.ª Ed., London: M.E. Sharpe.

Hwang, B. H., & Kim, H. H. (2017). It pays to write well. Journal of Financial Economics, 124(2), 373-394.

Índice Brasil 50 (IBrX 50). (2018). B3 - BM&FBovespa.

Lahtinen, K. D., & Shipe, S. (2017). Readability of financial advisor disclosures. Journal of Empirical Finance, 44, 36-42.

Liberato, Y., Fulgêncio, L., & Liberato, Y. (2007). É possível facilitar a leitura: um guia para escrever claro. Editora Contexto.

Lo, K., Ramos, F., & Rogo, R. (2017). Earnings management and annual report readability. Journal of Accounting and Economics, 63(1), 1-25.

Loughran, T., & McDonald, B. (2014). Measuring readability in financial disclosures. The Journal of Finance, 69(4), 1643-1671.

Luo, J. H., Li, X., & Chen, H. (2018). Annual report readability and corporate agency costs. China Journal of Accounting Research, 11(3), 187-212.

Peleias, F. D. (2017). Mecanismos linguísticos (des)favoráveis para a readability das demonstrações financeiras: uma análise das empresas listadas no Mercado de capitais brasileiro. Dissertação de Mestrado em Contabilidade, Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, São Paulo.

Plumlee, M., Brown, D., Hayes, R. M., & Marshall, R. S. (2015). Voluntary environmental disclosure quality and firm value: Further evidence. Journal of Accounting and Public Policy, 34(4), 336-361.

Richardson, A. J., & Welker, M. (2001). Social disclosure, financial disclosure and the cost of equity capital. Accounting, Organizations and Society, 26(7-8), 597-616.

Rodrigues, F. F., & Silva, C. A. T. (2015). Determining Factors of the Information Disclosed in the Management Reports of Brazilian Open Companies. Business and Management Review, 4(10), 282-298.

Schoenfeld, J. (2017). The effect of voluntary disclosure on stock liquidity: New evidence from index funds. Journal of Accounting and Economics, 63(1), 51-74.

Securities and Exchange Commission (SEC). (1998). A Plain English Handbook: How to create clear SEC disclosure documents. Washington: Securities and Exchange Commission.

Securities and Exchange Commission (SEC). (2019). Plain Writing Initiative.

Wang, Z., Hsieh, T. S., & Sarkis, J. (2018). CSR performance and the readability of CSR reports: Too good to be true?. Corporate Social Responsibility and Environmental Management, 25(1), 66-79.

Xu, Q., Fernando, G. D., & Tam, K. (2018). Executive age and the readability of financial reports. Advances in Accounting, 43, 70-81.

Publicado

2020-09-02

Como Citar

Malaquias, F. F. de O., & da Silveira, C. C. (2020). P-PORT INDEX: UMA MEDIDA BASEADA EM PRINCÍPIOS LINGUÍSTICOS PARA ANÁLISE DA FACILIDADE DE LEITURA DE RELATÓRIOS FINANCEIROS. Revista Universo Contábil, 15(3), 133–146. https://doi.org/10.4270/ruc.2019324

Edição

Seção

Seção Nacional