REVISITANDO A RENTABILIDADE DOS BANCOS BRASILEIROS: EVIDÊNCIAS DOS SOBREVIVENTES DA CRISE DE 2008 ANTES DO ATAQUE DAS FINTECHS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4270/ruc.2020422

Palavras-chave:

Rentabilidade bancária, Lucratividade bancária. Diversificação das receitas. Estrutura de capital. Operações de crédito. Indicadores macroeconômicos., Crise, Operações de crédito, Fintech, Diversificação das receitas

Resumo

Nossa pesquisa teve por objetivo analisar os determinantes da rentabilidade dos bancos brasileiros no período de 1996 a 2015, analisando a influência de fatores específicos e macroeconômicos. Nossa amostra é composta por 106 bancos com dados semestrais disponíveis para todos os períodos analisados, com bancos que sobreviveram à Crise de 2008, mas antes de serem atacados pelas fintechs. Para tratar problemas de endogeneidade, foi feito o uso do estimador system-GMM. A rentabilidade bancária foi representada pelo Return on Assets (ROA) e Return on Equity (ROE), como complemento. Nossos resultados gerais indicaram que o ROA é influenciado positivamente pela eficiência, sendo negativamente influenciado pelo risco dos ativos bancários e pela diversificação das atividades. Dentre as variáveis macroeconômicas, a taxa de juros mostrou uma associação positiva com o ROA. O ROE mostrou-se muito mais sensível aos fatores macroeconômicos. Descobriu-se, ainda, que a competição, o crescimento econômico, a inflação e as taxas de juros exercem influência sobre a riqueza gerada para os proprietários dos bancos.

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Biografia do Autor

Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Professor do PPG Contabilidade da UFPB

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Publicado

2022-02-23

Edição

Seção

Seção Nacional