GESTÃO E DIVULGAÇÃO DO RISCO OPERACIONAL E OS ACORDOS DE BASILEIA: O CASO DOS MAIORES BANCOS PORTUGUESES
DOI:
https://doi.org/10.4270/ruc.20143172-193Palavras-chave:
Acordos de Basileia, Gestão do risco, Risco operacionalResumo
A gestão do risco é uma atividade, cada vez mais, percecionada como sendo indissociável de uma adequada gestão organizacional. Os Acordos de Basileia, particularmente no setor da banca, têm contribuído para o reforço desta visão. O presente estudo procura verificar, especialmente ao nível da gestão do risco operacional, qual a posição em que se encontram as instituições financeiras, tendo em conta a existência dos referidos Acordos. Foca-se a avaliação do estágio de desenvolvimento das atividades relacionadas com a gestão de risco operacional e outras questões relevantes para a banca portuguesa. Analisa-se, através dos relatórios e contas de 2010 dos cinco maiores bancos portugueses, alguns indicadores chave. Constata-se a existência de estruturas de gestão de risco operacional e os passos do processo adotados; os métodos de cálculo dos requisitos de fundos próprios para a cobertura deste tipo de risco; a forma de definição dos ratings e respetivos responsáveis; e a perda total por tipo de risco operacional nestas entidades. Verificou-se que desenvolviam integralmente as atividades relacionadas com a gestão de risco operacional e estavam a evoluir para uma abordagem integrada da gestão de riscos. Em geral, cumpriam os requisitos de Basileia II, mas Basileia III parecia não ser, à data, motivo de preocupação e/ou divulgação de informação.
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