AVALIAÇÃO ECOTOXICOLÓGICA DO EXTRATO SOLUBILIZADO DE BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR RESIDUAL VIA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ALFACE (LACTUCA SATIVA L.)
DOI:
https://doi.org/10.7867/1983-1501.2019v21n1p46-55Palavras-chave:
Bagaço de cana. Fitotoxicidade. Germinação. Concentração Letal.Resumo
Processar uma tonelada de cana-de-açúcar produz em média 250 kg de bagaço como subproduto. Nos centros urbanos o consumo está atrelado ao descarte inadequado, não sendo possível, estimar, o volume de subproduto gerado. Sendo assim, objetivou-se estimar o nível de fitotoxicidade do extrato solubilizado do bagaço da cana residual (BCR) sobre a germinação de sementes de alface (Lactuca sativa L.). Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos no grupo teste (BCR + água destilada = 4,0ml): T1 (0,1 mL BCR + 3,99 mL), T2 (0,4 mL BCR + 3,6 mL), T3 (0,7 mL BCR + 3,3 mL), T4 (1,0 mL BCR + 3,0 mL), T5 (2,0 mL BCR + 2,0 mL), T6 (3,0 mL BCR + 1,0 mL de água destilada) e um grupo controle (água destilada), todos em triplicata. Pequenas doses do BCR apresentaram efeito fitotóxico sobre a alface. A CL50 calculada para a alface (Lactuca sativa L.) foi de 1,78 mL. Haja vista que a espécie em estudo é um organismo-teste padrão, é possível estimar que o BCR apresenta potencial de contaminação sobre outras espécies vegetais, logo, a fim de mitigar esse efeito, deve-se dar atenção especial ao descarte desse resíduo.