DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE APLICADAS NA ANÁLISE DE NÍVEIS MÁXIMOS DE MP10 E O3 NAS CIDADES DE CUBATÃO E PAULÍNIA, SP
DOI:
https://doi.org/10.7867/1983-1501.2012v14n3p35-47Palavras-chave:
Máxima verossimilhança. Nível máximo de poluição. Probabilidade de ocorrência.Resumo
A poluição do ar representa hoje um dos maiores problemas de saúde pública. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) determina que níveis acima de 150 μg/m3 de material particulado (MP10) e de 160 μg/m3 de Ozônio (O3) provocam danos à saúde. Dessa forma, o conhecimento da probabilidade de ocorrência de níveis extremos faz-se necessário para o planejamento administrativo dos órgãos de saúde. Objetivou-se, então, estudar o ajuste das distribuições Generalizada de Valores Extremos (GVE) e Gumbel aos dados de MP10 e O3 de Cubatão (centro) e Paulínia, SP, assim como calcular as probabilidades dos níveis de MP10 e O3 superarem os limites legais. As séries históricas abrangem o período de janeiro/2003 a outubro/2009 e foram disponibilizadas pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB). O ajuste das séries máximas de MP10 e O3 pelas distribuições GVE e Gumbel foi satisfatório de acordo com o teste Kolmogorov-Smirnov. As maiores probabilidades dos poluentes atmosféricos MP10 e O3 superarem os níveis críticos nos municípios em estudo, em ambas as distribuições, ocorrem nas estações do inverno e verão, respectivamente, o que exige atenção dos órgãos de saúde e de planejamento. Concluiu-se que as distribuições GVE e Gumbel são adequadas para estudar o comportamento de MP10 e O3 nos municípios estudados.