CORPO DOCENTE, MASCULINIDADE DANÇANTE
DOI:
https://doi.org/10.7867/2236-6644.2014v19n1p76-93Resumo
Essa escritura se configura como um aprofundamento da minha pesquisa de mestrado, que investigou o modo como professores de Ensino Médio que experenciam a “insubmissão à masculinidade hegemônica”, constroem seus corpos e suas masculinidades na relação com a atividade docente. Aqui, analiso excertos de narrativas de três professores, obtidas por meio de entrevistas, e problematizo o complexo imbricamento entre as relações afetivas da/na docência, o corpo docente e suas masculinidades e a artistagem de si. Para tal análise, dialogo principalmente, com autores como Michel Foucault, Gilles Deleuze e Nietzsche. Concluiu-se que os corpos dos professores em análise são planos de inscrição e veículo das forças afetivas e vibratórias que por ele passam e que os coloca em movimento de desterritorializações e reterritorialização: forças-fluxos que vibram corporalmente e possibilitam outras subjetivações, bem como engendram variações em suas performatividades de gênero.
Palavras-chave: Corpo. Docência. Masculinidades. Subjetivação.