POR UMA VONTADE DE DESDIGITALIZAR

Autores

  • Francisco Vieira da Silva Universidade Federal da Paraíba
  • Claudemir Sousa Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.7867/1981-9943.2016v10n1p033-048

Resumo

Este artigo pretende analisar como o discurso de desintoxicação digital, presente em uma reportagem intitulada Tchimbum (ed. 2413), da Revista Veja, de 18 de fevereiro de 2015, insere-se no interior das preocupações biopolíticas e constrói uma subjetividade de doente e dependente para o sujeito hiperconectado. De um modo mais específico, pretendemos investigar a objetivação desse sujeito a partir de diferentes saberes que a citada reportagem deixa entrever e os modos de subjetivação propostos para resistir à dependência da tecnologia. Ancoramo-nos teoricamente na Análise do Discurso, mobilizando como categorias analíticas as noções-conceitos foucaultianas de enunciado, sujeito, biopoder, biopolítica e cuidado de si. Metodologicamente, nossa análise apresenta uma abordagem qualitativa, de cunho descritivo-interpretativo, partindo da arquegenealogia foucaultiana, que possibilita analisar o feixe de relações de saber e poder que permeiam os discursos. A partir das análises, foi possível concluir que as discursividades sobre o digital na mídia sustentam-se em saberes, principalmente clínicos, e fazem funcionar mecanismos de feições biopolíticas, na medida em que aferem a necessidade de conservar uma vida saudável e feliz, cujo objetivo fora prejudicado frente aos ardis das tecnologias digitais. 

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Biografia do Autor

Francisco Vieira da Silva, Universidade Federal da Paraíba

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PROLING) da Universidade Federal da Paraíba

Claudemir Sousa, Universidade Federal da Paraíba

Mestrando dPrograma de Pós-Graduação em Linguística (PROLING) da Universidade Federal da Paraíba

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Publicado

26-04-2016

Edição

Seção

Artigos