PENSAMENTOS DECOLONIAIS A PARTIR DA LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA

Autores

Resumo

Este artigo analisa como a literatura indígena brasileira, sob uma perspectiva decolonial, propõe o deslocamento do ser humano da centralidade das discussões, inserindo-o como parte integrante de um ecossistema mais amplo, em consonância com uma filosofia indígena ancestral. A pesquisa, de natureza bibliográfica e abordagem qualitativa, tem como foco a obra O amanhã não está à venda (2020), de Ailton Krenak, buscando compreender de que modo a literatura indígena mobiliza mecanismos decoloniais de forma natural e contundente, especialmente ao conceber um humanismo que valoriza a vida e recusa a oposição entre homem e natureza. Para tanto, analisamos três eixos principais: a compreensão do homem como natureza; as inter-relações entre humanização e decolonização no campo literário; e a obra de Krenak como exemplo de resistência cultural e defesa da vida em harmonia com o meio ambiente. O estudo evidencia que a filosofia indígena brasileira oferece caminhos críticos para questionar o antropocentrismo e propor formas de existência mais sustentáveis e igualitárias, articulando preservação ambiental, diversidade cultural e humanização das relações.

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Biografia do Autor

Walace Rodrigues, Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT)

Doutor em Humanidades, mestre em Estudos Latino-Americanos e Ameríndios e mestre em História da Arte Moderna e Contemporânea pela Universiteit Leiden (Países Baixos). Pós-graduado (lato sensu) em Educação Infantil pelo Centro Universitário Barão de Mauá – SP. Pós-graduado (lato sensu) em Cultura e Literatura pela Faculdade São Luís – SP. Licenciado pleno em Educação Artística pela UERJ e com complementação pedagógica em Pedagogia. Professor Adjunto da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT). Pós-Doutor pela Universidade de Brasília – UnB/POSLIT. Docente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Linguística e Literatura (PPGLLit). Pesquisador no grupo de pesquisa Grupo de Estudos do Sentido - Tocantins – GESTO, da Universidade Federal do Norte do Tocantins – UFNT – CAPES/CNPq.

Alessandra Cristina Rigonato, Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT)

Doutora em Letras, Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo (USP), professora adjunta da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) em Araguaína, TO, Brasil.

Elizabete Barros de Sousa Lima, Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT)

Doutora em Literatura e Práticas Sociais pela Universidade de Brasília (UnB), professora adjunta da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) em Araguaína, TO, Brasil.

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Publicado

09-09-2025

Como Citar

Rodrigues, W., Rigonato, A. C., & Lima, E. B. de S. (2025). PENSAMENTOS DECOLONIAIS A PARTIR DA LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA. Linguagens - Revista De Letras, Artes E Comunicação, 19(1), 003–021. Recuperado de https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/linguagens/article/view/12318