PENSAMENTOS DECOLONIAIS A PARTIR DA LITERATURA INDÍGENA BRASILEIRA
Resumo
Este artigo analisa como a literatura indígena brasileira, sob uma perspectiva decolonial, propõe o deslocamento do ser humano da centralidade das discussões, inserindo-o como parte integrante de um ecossistema mais amplo, em consonância com uma filosofia indígena ancestral. A pesquisa, de natureza bibliográfica e abordagem qualitativa, tem como foco a obra O amanhã não está à venda (2020), de Ailton Krenak, buscando compreender de que modo a literatura indígena mobiliza mecanismos decoloniais de forma natural e contundente, especialmente ao conceber um humanismo que valoriza a vida e recusa a oposição entre homem e natureza. Para tanto, analisamos três eixos principais: a compreensão do homem como natureza; as inter-relações entre humanização e decolonização no campo literário; e a obra de Krenak como exemplo de resistência cultural e defesa da vida em harmonia com o meio ambiente. O estudo evidencia que a filosofia indígena brasileira oferece caminhos críticos para questionar o antropocentrismo e propor formas de existência mais sustentáveis e igualitárias, articulando preservação ambiental, diversidade cultural e humanização das relações.
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