O PAI E A (A)LINGUA
respingos do sujeito lacaniano sobre a abordagem do equivoco em Milner
DOI:
https://doi.org/10.7867/1981-9943.2023v17n3p072-085Resumo
Resumo: Este artigo propõe-se a investigar de que modo a teoria da subjetividade lacaniana contribui para a concepção de língua que importa à Análise de Discurso francesa em seu terceiro tempo (AD-3), qual seja, a hipótese de que a língua suporta o real da alíngua (lalangue), sustentada por Jean-Claude Milner no livro O amor da língua. Nesses termos, visa compreender como, ao menos no contexto da AD-3, a construção do sujeito em Lacan afeta a ideia de que a língua, suportando o real de lalangue, suporta necessariamente o equívoco. Parte-se do argumento de que a metáfora do Nome-do-Pai, vez que responsável pelo acesso do sujeito à ordem simbólica, responde também por conferir-lhe o status de sujeito desejante, razão pela qual a língua que o comporta destina-se incessantemente à equivocidade. Diante disso, julga-se possível sustentar que, na perspectiva da AD-3, o equívoco atravessa todo discurso.
Palavras-chave: Análise de Discurso francesa. Língua. Sujeito lacaniano. Milner.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para esta Revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais. A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, visando manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.